Ligação rodoviária, ferroviária ou rodoferroviária não são consenso entre os partidos que fazem oposição ao executivo
Apesar de o Movimento Cívico Pró-Ponte Barreiro/Chelas ter endereçado o convite a todos os partidos com representatividade na Assembleia Municipal do Barreiro para estarem presentes na conferência de Imprensa, apenas compareceram representantes do Bloco de Esquerda, do Partido Social-Democrata e da CDU.
Humberto Faísca, vereador da CDU na Câmara Municipal do Barreiro, considera que é importante avançar com a construção da ponte rodoferroviária – que possibilite também a passagem de comboios de alta velocidade – mas que, se avançar apenas a componente rodoviária “o Barreiro vai fazer o que fez sempre, que é ver os comboios a passar”.
“O que é que terá acontecido ao Barreiro entre Março de 2022 para 2023 para que a autarquia diminuísse o traçado proposto? A mesma autarquia, e os mesmos técnicos, fizeram estudos e chegaram à conclusão que tinha de ser aquele traçado que estava
ali, e em 2023 resolvem que afinal não faz falta nenhuma, e que se pode encolher”, questiona ainda.
Já Francisco Alves, deputado municipal pelo Bloco de Esquerda, vincou uma opinião diferente, de que a ponte, deveria ter apenas a componente ferroviária, ao afirmar que o transporte individual não é uma solução de futuro.
“Estamos no século XXI e temos de pensar na questão dos transportes para as pessoas e temos de pensar
que não é o transporte individual que é o futuro”.
Ao mesmo tempo o autarca concordou que a posição comum dos presentes na sessão era a favor da construção da Terceira Travessia do Tejo (TTT). “Todos os que estão aqui, certamente, querem a Travessia do Tejo”.
Na visão do PSD, expressa pelo deputado municipal Vítor Castro Nunes, o executivo do Barreiro deveria ter chegado a entendimento com os outros partidos sem antes avançar com o encurtamento da faixa que já tinha sido previamente aprovado.
Sem querer expressar uma posição em nome do partido sobre esta matéria, remetendo-a para a noite de ontem que se realizou uma assembleia municipal extraordinária para discutir a TTT, o social-democrata deixa uma questão.
“Efectivamente aquele encurtamento, julgando eu saber que naquela zona onde a terceira travessia se faz em túnel, quer no modo rodoviário, quer no ferroviário, sabendo também que é numa daquelas zonas que está prevista a ligação ao IC21, quais são os óbices fundamentais à realização e ao licenciamento do encurtamento desta faixa. Quais são os óbices fundamentais do ponto de vista de quem está a projectar o empreendimento da terceira travessia?”.
