“Estaremos sempre receptivos em receber os clubes e ouvir as suas ideias ou críticas”

“Estaremos sempre receptivos em receber os clubes e ouvir as suas ideias ou críticas”

“Estaremos sempre receptivos em receber os clubes e ouvir as suas ideias ou críticas”

Fazer uma aposta forte nos árbitros assistentes, acabar com as sessões online e efectuar mais observações, são algumas das medidas a implementar.

Luís Ramos, presidente do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Setúbal, deu uma longa entrevista ao site da associação onde analisa o tempo em que se encontra no cargo, avalia os resultados dos árbitros e deixa perspectivas para a época que se aproxima.

Num breve balanço sobre o trabalho realizado em cerca de três meses, Luís Ramos começa por salientar que “apanhámos o comboio a mais de meio do percurso e tivemos de concluir um processo de trabalho que vinha do CA anterior a nível classificativo. Foi muito exigente por se tratar da fase final de época, em que terminam os campeonatos mas acabámos por completá-lo com algum êxito porque os árbitros que indicámos à FPF, estiveram em destaque”.

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Numa avaliação à classificação obtida pelos árbitros de futebol, o presidente do CA referiu que “mantivemos a representatividade na C1, através do André Narciso, na C2 não temos nenhum árbitro e na C3, registamos, infelizmente, a descida do Paulo Barradas, mas continuamos nesta categoria com dois árbitros [Dinis Gorjão e Sérgio Jesus]. Na C4 o David Salvador e o Joel Martins não conseguiram a manutenção e nesta altura subsiste a dúvida sobre a continuidade do Ricardo Góis. Vamos ficar com 7 ou 8 árbitros nesta categoria, o que num universo de 95, acaba por ser relevante porque somos uma das associações com mais representantes na categoria. Quanto aos árbitros que prestaram provas para ascender aos quadros nacionais indicámos dois candidatos a C4 CORE e entraram ambos, o Vasco Mira e o Bruno Costa, foi muito bom”.

Relativamente aos árbitros assistentes na primeira categoria “continuamos a contar com a reconhecida qualidade do Rui Teixeira (internacional) e do Rui Cidade Silva, e na segunda liga (AAC2), a par do Jonathan Babo vamos contar com o André Botelho, que subiu”. E, no que respeita aos observadores “indicámos o Paulo Jorge que ganhou o estatuto nacional com distinção, depois de ser primeiro classificado num quadro muito difícil de entrar porque são cerca de 20 para ficarem oito”.

A nível feminino “mantivemos a Sílvia Domingos (internacional) e a Tatiana Martins na CF1. Na CF2 a perspectiva é ter mais uma representante, estando a Ana Leonor Paiva com forte possibilidade de subir. Na CF3 temos uma entrada nova com a promoção da Lorena Esteves que ficou em primeiro lugar nas provas da FPF, passando a AF Setúbal a ficar representada nesta categoria por 3 árbitras”. Portanto, “apesar das descidas, e não haver subidas nos quadros nacionais, onde teremos de melhorar, a avaliação no futebol acaba por ser positiva”.

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Luís Ramos considera que “no futsal, de forma geral, com as subidas registadas, a avaliação foi igualmente positiva e no futebol de praia foram só êxitos. O Pedro Contumélias subiu à categoria C1, tornando-se o primeiro árbitro da AF Setúbal com este estatuto, e o Pedro Ferreira e o David Candeias subiram à categoria C2”.

Analisando a actual realidade da arbitragem setubalense, o presidente do CA não tem dúvidas que “estamos deficitários em termos do número de árbitros, precisávamos de mais. Este ano, com os cursos que realizamos é provável que consigamos reforçar o quadro com cerca de 20. Devo salientar que temos muita juventude com valor e um quadro competitivo com classificações muito aproximadas, às centésimas”.

Nesta entrevista, Luís Ramos salienta a importância dos núcleos que são os grandes parceiros do Conselho de Arbitragem, e anunciou algumas novidades com o objectivo de potenciar algumas expectativas para os árbitros do universo associativo. “Porque a nível da federação estamos a perder referências, vamos apostar claramente num quadro de assistentes e criar nos centros de treino a obrigatoriedade de trabalhar com eles para que quando forem fazer as provas à FPF irem o mais bem preparados, possível. Vamos terminar com as sessões online que aconteciam ao final do dia, a Comissão de Apoio Técnico (CAT) irá trabalhar directamente com os núcleos, dando formações presenciais. Vamos, também, acrescentar observações ao grupo 2, quadro que terá a nova designação de C5 Desenvolvimento 1, com cerca de oito árbitros, que são os candidatos a subir ao quadro principal no ano a seguir. Vamos também aumentar o número de observações do quadro principal”.

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Em relação à nova época, o presidente do Conselho de Arbitragem apela para que todos acreditem no trabalho. “Queremos fazer tudo para concretizar com sucesso as nossas ideias. O trabalho vai ser de melhoramento e de proximidade para tentar que os clubes estejam connosco e facilitar a vida do árbitro. Uma das nossas metas é mostrar aos clubes que as críticas devem ser debatidas dentro da nossa casa e não nas redes sociais, facto que em nada contribui para enaltecer o universo das modalidades em que estamos envolvidos. Estaremos sempre receptivos em receber os clubes e ouvir as suas ideias ou críticas. E, aos árbitros dizer-lhes que só conseguirão evoluir com o devido empenho, com poucas dispensas, manter a regularidade da frequência aos centros de treino e a assiduidade nos núcleos. Que evidenciem muita concentração nos jogos e demonstrem a qualidade de arbitragem nos campos, porque temos árbitros bons na região.

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