22 Julho 2024, Segunda-feira

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Cada um de nós pode fazer parte da equipa contra incêndios

Cada um de nós pode fazer parte da equipa contra incêndios

Cada um de nós pode fazer parte da equipa contra incêndios

6 Julho 2023, Quinta-feira
Eurídice Pereira

No início do mês começou a fase de maior exigência e empenhamento operacional do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios (DECIR), que se estende até ao fim de setembro.
A todos os agentes de proteção civil o meu profundo respeito. Aos que operam cara a cara com o fogo, nos teatros de operações, mas também aos que conduzem, com definição de estratégias de combate, milhares de homens e mulheres, desejo absoluto sucesso. Às diversas entidades, da administração local e central, o meu reconhecimento.
O DECIR prevê de encargos, para 2023, comparativamente ao executado no ano passado, mais 8,6% , o que corresponde a perto de 57 milhões de euros. É, por isso, uma realidade o aumento de investimento nacional no combate a incêndios na floresta, desde há sete anos.
A 1 de julho, há, pronto a operar, um dispositivo com 13 891 elementos, 2 990 veículos e 67 meios aéreos, estando em desenvolvimento procedimentos com vista a alcançar 72. Estamos a identificar, com referência a 2017, mais 4151 efetivos, 42% de aumento, mais 925 meios terrestres, também acréscimo superior a 40%, e uma passagem de 48 meios aéreos para os identificados.
Os efetivos compõem mais de 3 000 equipas.
Dar nota de que, no corrente ano, até 29 junho, foram registados 3 907 incêndios rurais, que deram origem a cerca de 8 800 hectares (ha) ardidos, com expressão maior em zona de mato – 5750 ha -, seguido de 2 600 ha, entre povoamentos e 425, agricultura. Interpretando estes valores comparativamente à média do histórico da última década, são menos 40% da área ardida e menos 15% incêndios.
É bom haver um dispositivo contra incêndios rurais mais robusto. É bom a área ardida ser mais reduzida, mas ainda há muito caminho a percorrer e, portanto, exigem-se comportamentos adequados. É fundamental prevenir ignições, o que implica ter com o uso do fogo uma relação de pé atrás.
A prática de atos quase sempre desvalorizados, como deitar fora, pela janela do carro, uma beata acesa, tem tudo para se transformar num drama.
Fazer queimadas de sobrantes florestais ou agrícolas, para gestão de pasto de gado ou queimas de amontoados de lixo, entre outros do tipo, tem regras e tempos muito precisos para executar, que exigem cumprimento sem mas… O mesmo para fogueiras para confeção de alimentos em espaço rural, o lançamento de foguetes, fumar em locais de risco, o uso de equipamentos agrícolas elétricos,…
A negligência com o uso do fogo como causa de incêndios não é de pouca monta. É por isso que hoje, e a propósito da temática da prevenção de incêndios rurais, privilegiei a questão dos comportamentos.
Cada um de nós pode dar um bom contributo nesta vertente da prevenção, sabendo como nos comportarmos e ajudando a esclarecer os nossos pares.
Cada um de nós pode, e deve, fazer parte da equipa contra incêndios.

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