Cavaleiro alcochetano vai estar amanhã na corrida em beneficência do Aposento do Barrete Verde
A Praça de Toiros de Alcochete recebe amanhã a primeira corrida em beneficência do Aposento do Barrete Verde. Gilberto Filipe, um dos cavaleiros que vai lidar na vila ribeirinha, garante estar orgulhoso por lidar numa das “principais praças de Portugal”. O bicampeão mundial de Equitação de Trabalho, natural de Alcochete, falou a O SETUBALENSE sobre a corrida organizada pelo grupo de forcados do Barrete Verde, que começa às 22 horas, com as pegas a estarem a cargo dos forcados do Barrete Verde.
Gilberto Filipe diz estar nervoso por lidar “em casa” diante do público alcochetano. “Sinto-me orgulhoso, motivado e nervoso por lidar em Alcochete, que é uma das principais praças de Portugal, o que é outra pressão acrescida, e para mais numa corrida da comemoração do grupo do Barrete Verde”, referiu. Enquanto filho de Alcochete, o cavaleiro explicou a sua ligação à terra e também ao Barrete Verde, enaltecendo o vínculo que tem à instituição, também graças aos “amigos que pertenciam às direcções” e aos eventos organizados pelo Barrete Verde. “Falar de Alcochete é falar de forcados, é falar do grupo do Barrete Verde, é falar do grupo dos Amadores e da rivalidade entre ambos.
Acima de tudo, Alcochete é uma terra das mais aficionadas de Portugal e o grupo do Barrete Verde é um símbolo disso. É um grupo único, que tem a individualidade de pegarem todos com o barrete em simbologia do nome do grupo e da tradição do grupo. Tenho uma ligação grande, não só ao grupo de forcados do Barrete Verde, como também à instituição Barrete Verde”.
“Encher a praça era uma mostra de força da afición”
Quanto à expectativa de pessoas na praça, Gilberto Filipe espera que o recinto possa estar cheio. “O meu sonho é esse. Gostava que a Praça de Alcochete estivesse cheia, acho que o grupo merecia, assim como a instituição Barrete Verde, a praça e a ‘afición’ portuguesa”. O cavaleiro considera que era importante para a tauromaquia encher o recinto.
“Temos de mostrar a nossa força, numa altura em que somos atacados por todos os lados. Encher a praça era uma mostra de força da ‘afición’ e uma mostra de que a tauromaquia está viva”, assinalou. Para o cavaleiro é importante haver mais corridas, não só em Alcochete como em todo o país, mas enaltece que a “carteira” dos portugueses, fruto da inflação, pode não ter capacidade económica para acompanhar várias corridas.
“Infelizmente os portugueses vêem os seus ordenados a serem os mesmos e os custos de vida a aumentarem. É lógico que é importante haver corridas para fundamentar o gosto pela afición e manter viva a tauromaquia. No entanto, há que ter cuidado, não dar espectáculos a mais, porque não sei se a carteira dos portugueses consegue acompanhar tantas corridas”, referiu.
Apesar da situação financeira menos favorável, o bicampeão do mundo de Equitação de Trabalho enaltece que a tauromaquia está viva em Alcochete. “Acho que este ano vai haver mais espectáculos em Alcochete, vamos ter esta corrida agora e depois ainda teremos as Festas do Barrete Verde e das Salinas. A tauromaquia em Alcochete está viva, mas temos de acompanhar as capacidades financeiras do público”, rematou. Nesta corrida em beneficência do Aposento do Barrete Verde, os cavaleiros que vão irão lidar em Alcochete são Marco Bastinhas, António Prates e o fi lho da terra, Gilberto Filipe. Quanto aos touros, serão seis, da ganadaria Passanha. A banda que vai estar presente na corrida é a da Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898 de Alcochete. O custo dos bilhetes vai dos 15 aos 45 euros, podendo ser feitas reservas directamente com a organização, através do contacto telefónico 911 098 726.