Setubalenses homenageiam vítimas dos incêndios e exigem mais prevenção

Setubalenses homenageiam vítimas dos incêndios e exigem mais prevenção

Setubalenses homenageiam vítimas dos incêndios e exigem mais prevenção

A Praça do Bocage foi palco de uma manifestação e homenagem às vítimas dos incêndios.|A Praça do Bocage foi palco de uma manifestação e homenagem às vítimas dos incêndios.|A Praça do Bocage foi palco de uma manifestação e homenagem às vítimas dos incêndios.|A Praça do Bocage foi palco de uma manifestação e homenagem às vítimas dos incêndios.|A Praça do Bocage foi palco de uma manifestação e homenagem às vítimas dos incêndios.|A Praça do Bocage foi palco de uma manifestação e homenagem às vítimas dos incêndios.|A Praça do Bocage foi palco de uma manifestação e homenagem às vítimas dos incêndios.|A Praça do Bocage foi palco de uma manifestação e homenagem às vítimas dos incêndios.|A Praça do Bocage foi palco de uma manifestação e homenagem às vítimas dos incêndios.

Mais de uma centena de pessoas juntou-se sábado à tarde na Praça do Bocage num protesto silencioso contra a situação dos incêndios florestais em Portugal e em homenagem às 108 pessoas que perderam a vida este ano

 

A manifestação “Portugal contra os Incêndios (Setúbal)”, organizada por um grupo de setubalenses de forma apartidária, homenageou “as vítimas do flagelo” com a colocação de 108 vasos de plantas de viveiro em forma de árvore, em frente à estátua de Bocage, e afixou um cartaz a exigir um “Portugal mais verde”. Aos participantes foi pedido que aparecessem com uma peça de vestuário verde, em alusão ao renascimento das matas e florestas portuguesas.

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Os discursos de homenagem destacaram os bombeiros, “que mesmo sem meios suficientes combateram incansavelmente as chamas”, e contaram com a presença de seis elementos dos Bombeiros Voluntários de Setúbal, que estiveram nos últimos dias ao lado de corporações de todo o país a apagar as chamas. Os “cidadãos comuns que também ajudaram com o que tinham à mão” e os animais que perderam a vida receberam iguais palavras de agradecimento.

Mas os manifestantes exprimiram também a revolta “contra todos aqueles que por motivos vários contribuíram para a morte destas pessoas: incendiários criminosos, incendiários negligentes, interesses económicos, os sucessivos governos, justiça leve, SIRESP obsoleto”, nas palavras de Paula Pereira, uma das organizadoras do evento.

Reforma da floresta com a plantação de espécies autóctones, agravamento das penas para os incendiários, mais guardas florestais, mais equipas de vigilância e a colocação dos aviões da Força Aérea ao serviço do combate aos fogos foram algumas das medidas reivindicadas na manifestação, numa tarde em que um Conselho de Ministros extraordinário debateu novas medidas de gestão da floresta e de combate aos fogos.

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O Conselho de Ministros aprovou no sábado a criação de 100 novas equipas de sapadores, num total de 500 pessoas, a ordenação de limpeza de matas nas imediações de estradas e ferrovias, a passagem da gestão dos meios aéreos para a Força Aérea Portuguesa e a entrada do Estado, como accionista, no capital da empresa que gere a rede de emergência nacional e detém o SIRESP.

Em Setúbal, a concentração pacífica distribuiu também 200 folhetos da Autoridade Nacional de Proteção Civil sobre medidas e comportamentos a adoptar na prevenção de fogos florestais. E reforçou o apelo ao civismo. “Cada um de nós pode ajudar no combate a este flagelo, tendo a consciência e o civismo de não deixar lixo nem beatas nas matas, nas praias e nas cidades. A mobilização é necessária e a proatividade do povo é essencial. Do luto à indignação, da rua à floresta”.

Lisdália Esteves, reformada de 77 anos a viver há 50 em Setúbal, fez questão de marcar presença e contou a sua história ao DIÁRIO DA REGIÃO. “Vim a esta manifestação porque também foi atingida. Na minha quinta, que fica numa encosta da serra em Melo, concelho de Gouveia, distrito da Guarda, ficou tudo destruído”, apesar de os terrenos terem sido limpos. Naquela aldeia, que segundo Lisdália foi uma das mais afetadas na zona, houve quem tenha perdido por completo casas de primeira habitação. Os prejuízos estão por contabilizar.

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A manifestação decorrida no sábado permitiu ainda recolher roupas, produtos de higiene e alimentos, que serão entregues por vários voluntários às populações afectadas pelos fogos em Arganil e Vila Nova de Poiares (Coimbra). Para esse efeito decorre agora em Setúbal uma campanha solidária, com pontos de recolha no Talho do Porco Preto, sito no Mercado do Livramento, e nas secções de ginástica e ténis de mesa do Vitória Futebol Clube.

Na tarde de sábado foram milhares os portugueses que se manifestaram contra a gestão do combate aos fogos e em homenagem às vítimas das tragédias – 64 mortos em Pedrógão Grande e 44 nos incêndios das regiões centro e norte. As manifestações decorreram em simultâneo a partir das 16h, em cidades como Lisboa, Porto, Braga e Coimbra, depois de terem sido convocadas na rede social Facebook.

 

Percorra a fotogaleria abaixo para ver mais imagens da manifestação:

Fotografias: Diário da Região
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