26 Junho 2024, Quarta-feira

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É imperioso e possível parar a guerra

É imperioso e possível parar a guerra

É imperioso e possível parar a guerra

, Ex-bancário, Corroios
13 Junho 2023, Terça-feira
Francisco Ramalho

Os dois grandes problemas que a humanidade enfrenta são os efeitos das alterações climáticas e a guerra. Ambos são consequência da sede de lucro e de domínio de uma minoria.

Como o lucro dos grandes empórios do petróleo, gás e carvão, os maiores poluidores atmosféricos, estava assegurado não cuidaram de desenvolver e utilizar outras energias não poluentes e renováveis. Além disso, destruíram florestas e recorreram em massa a monoculturas intensivas com utilização massiva de pesticidas e fertilizantes para conseguirem o máximo de produção e de lucro, com prejuízo de ecossistemas, de contaminação e esgotamento dos solos, contribuindo, assim, para a desertificação e para a alteração do clima. Tudo em nome do sacrossanto lucro.

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Em relação à guerra, a maior perversidade da nossa espécie também sempre foi da responsabilidade da tal minoria e também sempre teve como causa a procura do lucro e de domínio. E com o desenvolvimento e aperfeiçoamento das armas, tornou-se cada vez mais mortífera e perigosa. Para economia de espaço, vejamos apenas as duas mundiais onde pereceram cerca de 80 milhões de pessoas e onde esteve bem patente a mais repugnante bestialidade humana, como, por exemplo, o holocausto nazi e o bombardeamento atómico de Hiroshima e Nagasaki.

Perante tais horrores, não seria de se evitar outros de tão grande ou ainda maior dimensão? Mas a ambição desmedida ultrapassa os mais básicos sentimentos, pondo em causa mortandades e destruições. Quiçá, ainda muitos maiores do que as referidas.

Não é o que se teme com a escalada da que grassa na Ucrânia? Depois da destruição do importantíssimo gasoduto e agora da barragem, quem é que nos garante que não poderão ser usadas, o que mais se teme, armas nucleares?

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Portanto, não será imperioso que se tente seriamente acabar com a guerra, em vez de se alimentar esta escalada com potenciais consequências apocalípticas? A minoria do lado de cá diz que a invasão violou o Direito Internacional, e é verdade. Mas, para manipular as massas através da sua omnipresente comunicação social, omite o que a originou: sobretudo, o não cumprimento dos Acordos de Minsk, as prepotências e os 15 mil mortos da população russófona do Donbass, e o avanço da NATO para junto das fronteiras da Rússia. Minoria que, recorde-se, não cumpriu o DI no Iraque, na Líbia, na Síria e na Jugoslávia.

Portanto, não nos digam que a guerra só acabará com a vitória militar, quando de um lado e do outro, além das convencionais, existem armas nucleares mais que suficientes para eliminar toda a humanidade.

Sob o lema Parar a guerra! Dar uma oportunidade à paz! O Conselho Português para a Paz e Cooperação, que já organizou manifestações e outras iniciativas, a última das quais o sexto Concerto pela Paz no passado dia 3 no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, e que contou com o apoio da autarquia, vai promover novas manifestações a 15, 16 e 17 deste mês, no Porto, Coimbra, Funchal e (dia 17 às 15 horas) em Lisboa.

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