22 Julho 2024, Segunda-feira

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Futuro da Autoeuropa garantido com produção de novo modelo

Futuro da Autoeuropa garantido com produção de novo modelo

Futuro da Autoeuropa garantido com produção de novo modelo

Volkswagen reforça investimento em Palmela. Empresa tem vindo a trabalhar com o município em projectos de alargamento das instalações. Construção de híbrido arranca já em 2025

 

Mais do que contribuir para a sustentabilidade ambiental, com a descarbonização do processo produtivo e a adaptação para produção de veículos eléctricos, a aposta da Volkswagen na “requalificação” das instalações na Autoeuropa reflecte uma garantia de futuro para a fábrica de Palmela. E a atestá-lo está, por via disso, a conquista de um novo modelo, híbrido, para construir a partir de 2025, conforme avançado por Thomas Hegel Gunther, director-geral da Autoeuropa, em entrevista ao jornal Público.

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O anúncio motivou, inclusive, o “aplauso” do primeiro-ministro António Costa. “Saúdo a Volkswagen por escolher a Autoeuropa para produzir um novo modelo híbrido. Uma decisão importante para a fábrica de Palmela e para os seus trabalhadores. Um contributo fundamental para atingirmos a neutralidade carbónica”, escreveu o chefe do Governo, na sua conta no Twitter.

O futuro próximo da segunda maior exportadora do País está, para já, assegurado. “Vamos investir o que for necessário e o que acharmos certo para continuarmos a fazer o que fazemos bem: produzir carros em Portugal”, disse Thomas Gunther que reconheceu a relevância da fábrica de Palmela, quando já se sabe que por volta de 2030 a Volkswagen terá de decidir onde investir para a construção de novos modelos. Espanha já ficou com eléctricos e uma fábrica de baterias; em Palmela a marca alemã tem vindo a articular com a Câmara Municipal a execução de projectos de crescimento da Autoeuropa.

Para Álvaro Balseiro Amaro, presidente da autarquia, o anúncio da produção do novo veículo híbrido – que, segundo Thomas Gunther, será lançado no final de 2025 – é pertinente.
“Representa a confirmação da expectativa que tínhamos no seguimento do trabalho que temos vindo a desenvolver com a empresa para a construção de uma nova zona de pintura, especificamente preparada, para viaturas híbridas e também eléctricas”, disse o autarca a O SETUBALENSE. “Vem também contrariar alguns anúncios catastrofistas e derrotistas”, adiantou, numa clara alusão às palavras recentes do professor universitário e gestor Luís Todo Bom, que perspectivou a saída da Autoeuropa de Portugal “dentro de três ou quatro anos”.

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Palavras a que Álvaro Amaro parece nunca ter dado crédito. Até porque o investimento da empresa nas instalações de Palmela, para garantir a pintura de veículos eléctricos, não teria sido desencadeado “se não houvesse a perspectiva de a Autoeuropa ganhar um novo modelo”, como acaba de ser anunciado. “Isto dá futuro a todo o cluster da indústria automóvel, garante a manutenção de postos de trabalho para a região e o contributo para o PIB do País”, salientou o edil, que realçou ainda a “estratégia muito inteligente da empresa, face ao contexto da concorrência com outras fábricas de automóveis espalhadas pela Europa”.

Actual T-Roc substituído

O novo híbrido deverá chegar ao mercado já em 2026, anunciou também a administração dos trabalhadores no último fim-de-semana. Versão que vem ao encontro das declarações de Thomas Gunther ao jornal Público.

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“O nosso plano para o futuro inclui um veículo novo, que terá o seu lançamento no final de 2025. Será um veículo que vamos produzir aqui, electrificado. Será um híbrido e acredito que terá grandes hipóteses de ser de grande sucesso”, afirmou o director-geral.

Gunther admitiu também que “o novo modelo irá substituir a produção do actual [T-Roc]”. “Vamos modificar coisas na fábrica, com investimento novo”. E o investimento no novo modelo, em termos globais, está estimado agora em 600 milhões de euros, englobando a modernização e a descarbonização do processo produtivo, mais cem milhões do que o montante anunciado há ano e meio.

O director-geral da Autoeuropa apontou ainda, na entrevista concedida ao Público, a relevância de contar com os recursos humanos já existentes na fábrica de Palmela para a construção do novo modelo. “É importante que consigamos manter as quatro equipas e as cinco mil pessoas que temos na nossa fábrica”, concluiu. Com Lusa

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