Palácio da Bacalhôa: Uma visita pela história aos sabores do vinho

Palácio da Bacalhôa: Uma visita pela história aos sabores do vinho

Palácio da Bacalhôa: Uma visita pela história aos sabores do vinho

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Grupo Bacalhôa perspectiva futuro risonho com um aumento de 30% no primeiro trimestre face aos números de 2022

 

Passos pequeninos, um olhar atento e uma respiração leve. São estes os comportamentos adoptados por cada visitante que se atreve a conhecer a riqueza e a história do Palácio da Bacalhôa, em Vila Nogueira de Azeitão, edifício que já foi o lar de vários reis de Portugal, como D. João I, D. Carlos I e D. Manuel II.

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Em 1428 uma casa de campo, em 1480 um palácio. Construído a mando de Dona Brites, este edificado é o primeiro monumento renascentista em Portugal, um modelo de arquitectura e arte italiana que é baseado na perfeição geométrica, além de várias outras características.

A visita a este palácio, classificado como Monumento Nacional em 1910, tem um custo de dez euros por pessoa e é possível fazer através de marcação com um número mínimo de duas pessoas.

Os interessados só podem visitar este espaço acompanhados por um guia que, de uma forma personalizada, vai explicar todos os pormenores e histórias enquanto se contempla a própria beleza da estrutura, bem como as obras expostas ao longo dos corredores de pedra.

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Não é só do renascentismo e da história régia que vive esta visita, pois é possível admirar e passear pelos jardins do palácio, onde são tratadas e exploradas as vinhas de casta Cabernet Sauvignon e Merlot, plantadas em 1974, que dão origem ao vinho tinto Quinta da Bacalhôa e, por vezes, ao vinho tinto Palácio da Bacalhôa, que só é confeccionado em anos que as uvas cumpram com o grau estipulado pela empresa vinícola.

Segundo contou Paulo Costa, director adjunto do Grupo Bacalhôa e responsável pelo departamento de enoturismo, a O SETUBALENSE, a visita ao Palácio da Bacalhôa “não costuma ser feita de forma singular”, ou seja, normalmente os visitantes “optam por comprar um pack” que engloba, além da visita ao palácio e aos jardins, a entrada no Bacalhôa Adega Museu.

Deste modo, é possível visitar as duas instalações por um preço de 14 euros, sendo que as crianças até aos 12 anos de idade não pagam entrada. Estes espaços funcionam das 10 às 15 horas em termos de visitas. Já a loja de bebidas com os famosos vinhos Bacalhôa abre à mesma hora, mas encerra às 18h30.

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Além das visitas guiadas, a Bacalhôa proporciona eventos corporativos, particulares, provas especiais, almoços, casamentos e todo o tipo de eventos.

Uma colecção única de azulejos

É na Casa do Lago, mandada fazer por Brás de Albuquerque em 1528 nas imediações do palácio, que se encontra o painel de azulejos mais antigo de Portugal.

Datado do ano de 1565, este conjunto de azulejos é uma das atracções principais da visita, no entanto é difícil brilhar quando outras centenas de azulejos centenários estão em exposição ao longo de todo a estrutura.

“Temos uma equipa a trabalhar aqui a tempo inteiro, estão a recuperar os azulejos que estão nas paredes e muros do palácio, existem alguns que já não têm salvação, mas estamos a fazer o nosso melhor parar salvar e restaurar este património”, disse Paulo Costa.

O museu do palácio exibe ainda duas fases da azulejaria portuguesa, remetendo para o final do estilo mourisco e para o início dos traços majólica, sendo que está exposto um estilo e padrão único que existe só no palácio, ao que foi apelidado de azulejo bacalhôa.

“Se os números continuarem as espectativas são excelentes”

Num momento de descontracção após “anos bastante difíceis” para o sector vitivinícola e todos os produtores, Paulo Costa fez um balanço “bastante positivo” para o que pode vir a ser o melhor ano de sempre do Grupo Bacalhôa.

“Tentamos incrementar a venda de vinhos para combater a falta de receita das visitas, já que estas não aconteciam. Conseguimos deste modo minimizar os prejuízos”, desabafou.

Apesar da nuvem negra trazida pela pandemia de covid-19 e pela guerra na Ucrânia, Paulo Costa observa o futuro com bons olhos já que o ano anterior constatou ser o melhor de sempre para os cofres do grupo e, este ano, já passaram em 30% a receita do primeiro trimestre.

“As perspectivas são excelentes e é gratificante ver um retorno de todo o investimento que foi feito. O reconhecimento dos visitantes é notável, existe uma grande taxa de reincidência”, rematou.

O enoturismo na região de Setúbal, e por todo o país, é explorado por este grupo empresarial com mais de cem anos de existência que assenta os valores desta actividade na venda de vinhos, visitas guiadas e organização de eventos.

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