Financiamento para Centro de Saúde Eça de Queirós aumentado. Verba para médico no Centro de Saúde de Coina garantida. Protocolo da USF dos Fidalguinhos aprovado
Inicialmente estavam previstos 900 mil euros, mas a negociação com a tutela sorriu à Câmara Municipal do Barreiro, que conseguiu com que o financiamento para realização de obras no Centro de Saúde Eça de Queirós, na zona central da cidade, fosse aumentado para 1,5 milhões de euros. E para o Centro de Saúde de Quinta da Lomba, a autarquia também já propôs um considerável aumento de investimento para execução de melhorias no equipamento.
As revelações foram feitas por Frederico Rosa, presidente da Câmara, durante a última reunião pública do executivo, no passado dia 17, marcada ainda pelo anúncio de que foi garantida, junto da tutela, verba para a contratação de um médico de família para o Centro de Saúde de Coina e que, paralelamente, foi aberto um concurso com 14 vagas para colocação de médicos de família no concelho.
“No que diz respeito a Coina já se conseguiu ter verba para se contratar um médico”, disse Frederico Rosa em resposta ao vereador Ricardo Teixeira (CDU), que questionou o chefe do executivo no seguimento da discussão (e aprovação por unanimidade) da minuta de protocolo a rubricar entre o município e a tutela para a construção da Unidade de Saúde Familiar (USF) dos Fidalguinhos.
O autarca da CDU lembrou que Lavradio e a população dos Fidalguinhos ficam com dois centros de saúde “próximos”, ao mesmo tempo que sublinhou a importância de ser construída uma unidade na freguesia de Palhais/Coina. E quis saber se a gestão socialista estaria receptiva e empenhada nesse sentido. A resposta de Frederico Rosa foi afirmativa e, depois de vincar que a USF dos Fidalguinhos “vai permitir não só trazer mais médicos de família para o concelho como também desanuviar o Centro de Saúde de Quinta da Lomba”, o edil aproveitou para revelar o trabalho desenvolvido junto da tutela na área da saúde.
Presidente faz ‘balanço’
“Já conseguimos quase que dobrar o valor que era para obras no Centro de Saúde Eça de Queirós, no centro do Barreiro, assumindo-se a Câmara como dona da obra, porque fazemos mais rápido e melhor do que o Estado central. Havia cerca de 900 mil euros e o que conseguimos foi passar para 1,5 milhões de euros e assumir a obra”, frisou. E as negociações com a tutela não se ficaram por aí. “[Para] o Centro de Saúde de Quinta da Lomba, que tinha 75 mil a 90 mil euros de pequenas intervenções inicialmente previstas em PRR, a nossa negociação é tentar passar esse valor para 600 mil euros”, adiantou Frederico Rosa, a propósito da intervenção que “não será uma remodelação integral” mas que permitirá melhorar o conforto daquele equipamento para profissionais e utentes.
Sara Ferreira Ferreira, vereadora socialista responsável pelo pelouro da saúde, complementou a informação dada em jeito de balanço por Frederico Rosa com a revelação de que “foi aberto recentemente concurso para a colocação de 14 médicos de família no concelho do Barreiro”.
“Não significa que todas as vagas venham a ser preenchidas, esperemos que sim, que os médicos concorram, que cá queiram ficar e até que os médicos que estão em formação neste momento nas nossas unidades de saúde cá fiquem em permanência. Se [as vagas] forem completamente preenchidas, será uma resposta que faz muita falta para atenuar a carência de médicos de família aqui no concelho”, concluiu a autarca.
Descentralização Competências na área da saúde assumidas
Também apresentado e aprovado, mas com sentido de voto diferente (cinco votos a favor do PS e dois contra da CDU), foi o acordo do auto de transferência de competências do Estado para o município na área da saúde. Este era o único sector, no âmbito das descentralizações, em que a Câmara ainda não havia assumido competências, recordou a vereadora Sara Ferreira.
“Tem efeitos a partir de 1 de Julho. O município vai ter competência na manutenção dos edifícios dos centros de saúde, também com os assistentes operacionais que existem (são cerca de 17) e no que diz respeito aos contratos e às condicionantes financeiras”, salientou a autarca, para juntar a concluir: “Vai permitir também uma relação de grande proximidade entre o ACES e o município, que já existe, mas que vamos estreitar ainda mais, e que vários processos sejam mais céleres no que toca à requalificação e manutenção”.