26 Junho 2024, Quarta-feira

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Orfanato Municipal de Setúbal celebra 104 anos após nascimento “entre música e flores”

Orfanato Municipal de Setúbal celebra 104 anos após nascimento “entre música e flores”

Orfanato Municipal de Setúbal celebra 104 anos após nascimento “entre música e flores”

Instituição organiza habitual programa de comemorações, com missa por alma dos directores e ex-alunos que já faleceram

 

O Orfanato Municipal de Setúbal, que foi inaugurado em 1919 “entre música e flores”, celebrou ontem o seu 104.º aniversário. Para celebrar esta data o espaço prepara-se para realizar as suas celebrações no domingo, com homenagens a quem passou pelo orfanato, um almoço de confraternização e com um momento musical.

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A celebração do 104.º aniversário começa às 09h30, com a habitual concentração dos ex-alunos no Centro de Convívio do orfanato.

Deste local seguem para a tradicional romaria aos cemitérios da cidade para colocar flores nas campas dos fundadores, directores e ex-alunos já falecidos, seguindo-se a celebração dominical da missa na Igreja de Nossa Senhora da Anunciada, pelas 10h30 horas.

Haverá depois o almoço de confraternização, cedido pela Casa da Baía, local do antigo orfanato. Segue-se o corte do bolo de aniversário, no Centro de Convívio, e após o almoço, pelas 16 horas, vai haver um momento musical na Casa da Baía, dirigido por “Luciano”, que apresentará música popular setubalense, com o seu conjunto típico.

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Espaço nasceu “com um lindo dia de sol”

No dia da inauguração deste orfanato, O SETUBALENSE publicou um artigo relativamente à abertura deste espaço, onde se pode ler que o local nasceu “com um lindo dia de sol, por entre música e flores”, explicando ainda que o orfanato se tratava de “uma casa de caridade, destinada aos órfãos, cujos pais faleceram em resultado da última epidemia”.

Esta instituição foi inaugurada em 1919, tendo como propósito receber os rapazes órfãos, cujos pais faleceram em resultado da pandemia de gripe pneumónica e de varíola que se abateu sobre Setúbal nos anos de 1918 e 1919.

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O espaço foi fundado pelos setubalenses Henrique Pereira, Joaquim Ferreira, Romano Baptista e António Fialho.

Tratava-se de um estabelecimento de caridade aberto aos “desamparados da sorte”, que o povo de Setúbal, sempre generoso para com os mais necessitados, “acarinhou, ajudando com bens e donativos a casa, ao recolher da rua os indigentes ou desvalidos e a torná-los úteis para segundo as suas tendências e aptidões, poderem angariar os meios de subsistência”.

Ao longo de cerca de 50 anos, a instituição “atingiu os objectivos para que tinha sido destinada, tornando- -se numa autêntica escola de vida”. “Por ela passaram cinco gerações de rapazes preparados para a vida, que hoje são gratos e, num esforço colectivo, não querem deixar morrer as gratas memórias deste orfanato”.

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