26 Junho 2024, Quarta-feira

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Dezenas de funcionários da ACES Arrábida têm aumentos salariais congelados há cinco anos

Dezenas de funcionários da ACES Arrábida têm aumentos salariais congelados há cinco anos

Dezenas de funcionários da ACES Arrábida têm aumentos salariais congelados há cinco anos

Direcção explica que situação está perto de ser resolvida, garantindo que está a ser feito um “esforço enorme”

 

Dezenas de funcionários do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Arrábida estão há vários anos sem receberem classificações, o que se traduz nos aumentos salariais congelados. A direcção do ACES Arrábida assegura que está a trabalhar para resolver a situação, garantindo que terá tudo tratado muito brevemente.

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De acordo com informações recolhidas por O SETUBALENSE, existem funcionários que não são classificados desde 2017, impedindo o aumento salarial dos profissionais de saúde. As classificações são atribuídas a cada dois anos, de modo que as mesmas sejam actualizadas e permitam o devido aumento salarial aos funcionários. Estas classificações, após serem realizadas, têm de ser enviadas para a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, onde são homologadas.

A direcção garantiu a O SETUBALENSE que, nesta altura, estão a ser finalizados os processos de praticamente todos os profissionais. A direcção do ACES Arrábida explicou que actualmente existem entre 40 a 50 profissionais nesta situação, mas já se trataram de várias etapas do processo, garantindo que “o que falta tratar, de todas as etapas, são dez funcionários no máximo”.

A complexidade do problema foi esclarecido pela direcção, assegurando que este é um processo que envolve muitos profissionais, dando o exemplo dos médicos, que “estavam com a situação por resolver desde 2011”. Foi deixado o apelo que os funcionários confiassem na direcção, garantindo que está a ser feito um “esforço enorme”. “Podíamos fazer como os directores anteriores e deixar a situação andar, mas nós estamos a tentar resolver”, referiu.

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“É muito injusto e desmotivante para nós enquanto trabalhadores”

Uma assistente técnica, que preferiu manter-se anónima, mostrou-se bastante insatisfeita e garantiu estar perto de avançar para tribunal. “Estamos à espera desde 2017, já tentei falar com o sindicato, mas também não adianta nada. O ACES Arrábida comprometeu-se que até ao final de 2020 tudo estaria feito, mas até agora nada”, contou, confessando que já esteve mais longe de recorrer à via judicial.

“Já podia ter avançado para tribunal, mas a minha situação financeira não o permite. Vou esperar até ao final do ano, depois não tenho outra alternativa. Já fiz inclusive uma exposição à Administração Regional de Saúde, mas não obtive nenhuma resposta. A funcionária acrescentou que mesmo quando o pagamento for realizado, será “talhado” pelo IRS. “Se nós chegarmos a receber aquilo que nos é devido, vai ser tudo talhado pelo IRS. É muito injusto e desmotivante para nós enquanto trabalhadores”, concluiu.

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Ex-funcionários reformados já não têm solução

Um antigo funcionário, que, entretanto, já se aposentou, queixa-se que não foi aumentado por não ter sido classificado, fazendo com que a sua reforma não corresponda àquilo que deveria receber. “Eu bem esperei durante muito tempo, mas a resposta que nos davam era sempre que iria ser resolvida no mês seguinte. Acabei por me aposentar com um escalão inferior ao que devia, tudo devido ao ACES Arrábida”, referiu.

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