PCP quer discutir ação da Proteção Civil de Sines durante incêndio na Recipneu

PCP quer discutir ação da Proteção Civil de Sines durante incêndio na Recipneu

PCP quer discutir ação da Proteção Civil de Sines durante incêndio na Recipneu

O PCP anunciou, esta segunda-feira, que vai solicitar a realização de uma reunião urgente do Conselho Municipal de Segurança para analisar a resposta da Proteção Civil Municipal na sequência do incêndio que deflagrou a semana passada na empresa Recipneu, em Sines.

Helga Nobre

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Em comunicado, a concelhia de Sines do PCP acusa o responsável pela Proteção Civil Municipal (o presidente da Câmara Municipal) de “incompetência na informação à população”, perante o incêndio industrial de grande dimensão, com elevado potencial tóxico para a população e de insensibilidade “perante a aflição dos sinienses preferindo ao mesmo tempo abafar o problema sem se vislumbrar uma razão legítima para tal”.

Ao Diário da Região, Miguel Gonçalves, da Comissão Concelhia de Sines do PCP, adiantou que é preciso debater com urgência as deficientes respostas e meios da Proteção Civil Municipal. “É preciso definir estratégias de comunicação com a população para que ela possa estar mais informada sobre medidas a tomar em caso de emergência como foi o caso recente da Recipneu e, ao mesmo tempo, tentar reforçar os meios da Proteção Civil com recursos humanos e materiais adequados para dar melhor resposta a estas situações”, salientou.

Para o PCP, os meios que existem “ainda não são os necessários para responder a estas emergências”, caso contrário diz Miguel Gonçalves “não teríamos estado cerca de 12 horas sem que a informação chegasse à população, com a escola da ETLA [Escola Tecnológica do Litoral Alentejano] a ser encerrada devido ao fumo tóxico e a população de Sines em completo desconhecimento da situação sobre medidas a tomar”, dando o exemplo de pessoas com dificuldades respiratórias e mulheres grávidas que “não foram reencaminhadas ou aconselhadas a tomar qualquer medida”, lamenta.

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Para a estrutura local do Partido Comunista Português, os problemas da proteção civil concelhia têm vindo a agravar-se nos últimos quatro anos “por completa inação” do responsável da Proteção Civil Municipal. “Tudo isto podia ter sido facilmente evitável, caso o presidente da Câmara, enquanto responsável da proteção Civil, tivesse previamente tomado as medidas necessárias”, critica Miguel Gonçalves.

Entretanto, a empresa emitiu um comunicado de agradecimento a todas as entidades e operacionais pelo “esforço e dedicação” demonstrados no combate ao incêndio. 

“O profissionalismo demonstrado foi exemplar”, sublinha a gerência da Recipneu que destaca ainda a ação da Repsol Polímeros que “tendo detetado o incêndio, disponibilizou, todos os recursos do seu Plano de Emergência Interno no combate à emergência” e “forneceu direta e indiretamente os caudais de água de combate a incêndios imprescindíveis, ao longo das mais de 24 horas que demorou a extinção, apesar dos graves inconvenientes que esta situação lhes causou”.

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No mesmo comunicado, a empresa lamenta “as perturbações causadas às populações, empresas e outras entidades cuja atividade ficou alterada pelos fumos emitidos no incêndio, com especial incidência sobre os nossos vizinhos mais próximos, nomeadamente a Repsol Polímeros e a ETLA, cuja atividade foi temporariamente suspensa”.

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