Auditório com capacidade para 70 pessoas, uma sala para dança e outra adaptada à tecnologia são as novidades no espaço
Os utentes e professores da Universidade Sénior de Setúbal (UNISETI) já estão a usufruir de dois novos espaços construídos para dar apoio às disciplinas e actividades práticas dos mais de 300 alunos que a instituição acolhe.
Arlindo Mota, presidente da UNISETI, explicou a O SETUBALENSE que o projecto agora desenvolvido já tinha sido pensado pela Câmara Municipal de Setúbal, mas só agora teve pernas para andar. Em funcionamento desde Janeiro deste ano, as duas novas infra-estruturas em madeira servem para dar apoio ao edifício principal com mais de 74 anos de construção.
O presidente da universidade explica que a Câmara Municipal foi um parceiro fundamental para a concretização desta necessidade, mas que a própria UNISETI teve de fazer
um esforço financeiro para que tal acontecesse. Questionado sobre o que há de novo com o novo espaço, Arlindo Mota fala no novo auditório – com capacidade para 70 pessoas –, na sala de informática e na sala de yoga que também acolhe aulas de dança. “Pedimos as salas de yoga e de dança por causa da necessidade do movimento, isso é fundamental nestas idades”, explica.
Apesar de considerar que falta um novo espaço para instalar a secretaria, o presidente sublinha que a reacção dos utentes e professores relativamente às novas infra-estruturas foi muito positiva.
“Penso que eles [professores e utentes] não esperavam o que estava a acontecer porque falava-se de uma coisa de madeira. Isto teve fases até chegar ao que está. Havia sim alguma curiosidade do que é que ia resultar daí, agora estão encantados, o feedback é muito positivo, é fantástico”.
A pandemia não abonou a favor de nenhuma instituição, mas a UNISETI esforçou-se para continuar as actividades com os utentes, que mesmo através do regime on-line, não deixaram de participar. Ainda assim, o número de alunos diminuiu desde a covid-19.
“Neste momento temos entre 315 e 330 [alunos], todos os dias entra e sai gente por doença. Temos vindo a aumentar, mas temos menos alunos agora do que os que tínhamos antes, um número sempre perto dos 400”. Sob o lema “Uma Universidade de excelência para todos”, a UNISETI não tem parado de se reinventar no que diz respeito a novas iniciativas e actividades para os utentes, iniciativas essas que Arlindo Mota refere serem pensadas “a todo o momento”.
Exemplo disso são as viagens programadas mensalmente para levar estas pessoas, com idades acima dos 60 anos, a terem novas experiências. “Não é porque as pessoas são idosas que não têm direito ao que é bom”, referiu, com um sorriso no rosto.
Com toda uma vida ligada ao associativismo, as palavras de Arlindo Mota transmitem uma verdadeira paixão por aquilo que faz. Disposição, não falta, e diz que enquanto conseguir, manter-se-á nas rédeas deste projecto. “Enquanto conseguir, tenho limites e nós aqui criamos limites. Só se podem fazer três mandatos, mas pretendemos continuar, enquanto nós tivermos saúde cá estamos para trabalhar. É muito aliciante, podem crer que é muito aliciante”.