Maior investimento de sempre em habitação acessível arranca já com reabilitação de 92 casas

Maior investimento de sempre em habitação acessível arranca já com reabilitação de 92 casas

Maior investimento de sempre em habitação acessível arranca já com reabilitação de 92 casas

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Obras começam no Bairro Alves Redol. Concurso público para projecto da Quinta da Mina prestes a ser lançado

 

O maior investimento de sempre ao nível da reabilitação de habitação social no concelho do Barreiro vai arrancar ainda neste primeiro semestre com a empreitada de recuperação do Bairro Alves Redol que, segundo o município, promete ainda revolucionar o urbanismo da zona envolvente, na freguesia do Alto do Seixalinho. A Câmara Municipal vai reabilitar 92 fogos, distribuídos em 10 blocos de dois pisos, e requalificar dez ruas e uma avenida, no espaço público que inclui a Escola EB1 n.º 6 do Barreiro, numa operação orçada em 4 milhões de euros.

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A conclusão das obras, definida na candidatura efectuada pelo município ao Programa 1.º Direito, é Setembro de 2024.

Rui Braga, vice-presidente da Câmara do Barreiro, sublinha a dimensão do investimento e garante que a intervenção no bairro vai ser feita “mantendo todas as pessoas no mesmo local e aumentando a qualidade de vida de todos os munícipes que ali moram”.

As 92 casas vão beneficiar de alargamento de áreas, sobretudo ao nível de quartos, face à dimensão muito reduzida destes fogos, fruto de um modelo característico de construção anterior a 1951.

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“São construções que apresentam patologias diversas, carentes de sucessivas intervenções, mas cuja organização espacial é fortemente marcada pela reduzida área habitável, o que não permite a necessária adequação aos actuais padrões de habitabilidade, nem a sua adaptação de modo a garantir a acessibilidade a pessoas com mobilidade condicionada”, explica o município.

A autarquia dá o exemplo dos três blocos de apartamentos T2, com frente urbana voltada para a Rua Dr. Manuel Pacheco Nobre, cujas tipologias apresentam áreas “abaixo dos mínimos existenciais, pelo que se tornou evidente a necessidade de proceder a uma ligeira ampliação das áreas habitáveis de modo a que os espaços de dormir fossem minimamente salubres”. Destinadas a “famílias por vezes numerosas”, estas casas vão assim beneficiar de uma “ligeira ampliação”. Já os sete blocos restantes, com 56 apartamentos T3, vão ser completamente renovados.

O espaço público vai ser reconfigurado, com obras em vias importantes como a Rua Capitães de Abril, a ligação ao IC21 e a Avenida Movimento das Forças Armadas: vão ser reduzidas as zonas para os automóveis, aumentados os passeios e plantadas mais árvores. E a zona envolvente à Santinha vai dar lugar a um largo apenas para pessoas, com acesso de carros restrito a moradores e a cargas ou descargas. Com a abolição da circulação automóvel nesta área, o município pretende criar uma “zona de convívio e usufruto para os peões”. Estão previstos para estas ruas e largos, nova iluminação pública, mobiliário, bancos de jardim e papeleiras e novos abrigos para os passageiros dos autocarros, além de ecopontos e contentores de lixo subterrâneos.

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Quinta da Mina e aquisição de imóveis

A Quinta da Mina é outro dos grandes pólos de habitação social a reabilitar. Vão ser renovados 119 fogos e a intervenção neste bairro, também no âmbito do 1.º Direito e do PRR, tem já financiamento aprovado. “O lançamento do concurso para a execução dos projectos, com vista à construção de dois blocos e reabilitação de outros edifícios, será efectuado ainda no primeiro semestre deste ano”, garante a autarquia.

A par destas operações, a Câmara do Barreiro está a apostar na compra de imóveis para habitação a custos controlados. Para já, em terrenos municipais, vão ser construídos “300 novos fogos para habitação a custos acessíveis”, adianta Rui Braga. Metade a edificar na Quinta das Canas e os outros 150 a construir nos terrenos do Nicola. O programa de compra de casas prevê “o desenvolvimento de mais de 250 novas respostas de habitação”, através da aquisição de fogos dispersos pelo concelho e, segundo o autarca, até ao momento o município comprou 17 apartamentos.

O município está ainda a ultimar um programa de incentivos para reabilitação de edifícios, com benefícios no IMI, apoios a limpeza de fachadas, instalação de painéis solares e criação de acessos para pessoas com mobilidade reduzida, em que a autarquia se assume como “parceira na reabilitação do edificado urbano”.

Complemento “Pacote do Governo reforça oferta pública de habitação”

O programa “Habitação Mais”, do Governo, é visto como um complemento ao esforço que o município está a fazer para aumentar as respostas no domínio habitacional. “É um pacote que irá melhorar o acesso à habitação no Barreiro. Para além de apoiar directamente o pagamento de rendas e hipotecas de famílias com maiores dificuldades e de estabilizar os valores das rendas, vem clarificar e acelerar processos e ainda reforçar a oferta pública de habitação, nomeadamente através de financiamento e cedência de terrenos públicos para habitação acessível, entre outros”, diz o vereador Rui Braga.

No âmbito da Estratégia Local de Habitação, o vice-presidente da autarquia sublinha que “até ao presente momento já foram aprovados cerca de 6,3 milhões de euros em financiamento do 1.º Direito/PRR”.

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