Procissão de Oeiras ao Montijo cumpre-se por rio e por terra e integra comemorações dos círios. Embarcação Deolinda Maria transporta peregrinos
A tradição religiosa remonta ao século XV e vai ser recriada no próximo dia 3 de Junho. Trata-se da Procissão de Oeiras à freguesia montijense da Atalaia, que volta a unir as duas margens do Tejo.
A iniciativa assenta numa peregrinação fluvial com destino ao Santuário de Nossa Senhora da Atalaia. O cortejo sai da Marina de Oeiras pelas 8h30 e tem chegada prevista ao Montijo às 13h30.
Este reeditar da tradição do Círio de Oeiras prevê, além da ligação fluvial, um percurso pedestre desde o Cais das Faluas até ao santuário da Atalaia.
Pelo rio, os peregrinos serão transportados a bordo da embarcação montijense Deolinda Maria, que o município irá disponibilizar para o efeito. De resto, a autarquia decidiu ainda na última reunião do executivo atribuir à Fábrica da Igreja do Senhor dos Navegantes, entidade que participa na organização da romaria – a cargo da Associação Náutica Clássicos de Oeiras – um apoio financeiro de 2 500 euros.
A procissão, segundo a Câmara Municipal do Montijo, integra “a programação anual da Marinha do Tejo”, e pretende “potenciar e diversificar o culto e solicitude Mariana, para a protecção do rio e das suas gentes”.
Além disso, o evento visa ainda “reforçar as relações de convívio entre as comunidades”, ao mesmo tempo que “procura promover o património histórico-marítimo”, bem como a dinamização cultural do estuário do Tejo, e “dar visibilidade às embarcações tradicionais enquanto elementos distintivos de oferta turística”.
O Montijo e o santuário da Atalaia aguardam várias dezenas de peregrinos nesta iniciativa a ter lugar no arranque de Junho, dois meses antes da realização da Jornada Mundial da Juventude.