Lisnave: Comunistas dizem que gratificação não esconde “exploração” e “precariedade”

Lisnave: Comunistas dizem que gratificação não esconde “exploração” e “precariedade”

Lisnave: Comunistas dizem que gratificação não esconde “exploração” e “precariedade”

Líder mundial na reparação de navios anunciou a distribuição de dois milhões de euros dos lucros pelos funcionários da empresa

 

A Direcção da Organização Regional de Setúbal do Partido Comunista Português (DORS PCP) considera que a distribuição de dois milhões de euros, por parte da Lisnave – Estaleiro Naval da Mitrena, aos seus trabalhadores não esconde a “crescente exploração, e a enorme precariedade existente” na empresa.

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Em nota de Imprensa enviada a O SETUBALENSE, o executivo da DORS do PCP considera que os lucros de mais de sete milhões de euros da empresa líder mundial na reparação de navios, no ano de 2022, são “fruto do esforço, elevado profissionalismo e nível técnico dos trabalhadores”. Sublinham também que todo o trabalho demonstrado pelos funcionários “não tem correspondência nos salários pagos”.

O órgão regional escreve que no estaleiro naval trabalham cerca de duas mil pessoas, grande parte deles com a profissão de empreiteiro, salientado falhas que existem ao nível da segurança no trabalho. “Importa ainda ter presente que no Estaleiro Naval da Mitrena trabalham em média cerca de dois mil trabalhadores por dia, 2/3 dos quais por conta de empreiteiros, onde predomina a precariedade laboral”.

Os comunistas vêem esta gratificação de balanço como uma forma da empresa compensar os seus trabalhadores, mas reconhecem que a Lisnave pode ainda “diminuir o valor a pagar de IRC” (Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas).

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Apesar de reconhecerem o acto da Lisnave como “bondoso e preocupado”, a DORS do PCP refere que a acção podia ser transformada no aumento de salários dos funcionários. “O que fica claro com esta decisão é que o Grupo Lisnave deve e pode aumentar os salários dos trabalhadores num valor que para além de repor o poder de compra perdido com a inflação signifique ainda um efectivo aumento salarial, e que é urgente, possível e necessário dar passos firmes no fim da precariedade”, finalizam.

O valor em causa foi aprovado em assembleia geral de accionistas, onde ficou acordado que um milhão de euros será distribuído pelos trabalhadores do estaleiro sadino, enquanto a restante verba será aplicada, da mesma forma, aos funcionários das empresas do mesmo grupo.

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