28 Julho 2024, Domingo

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Caparica Surf Fest começa amanhã com os melhores surfistas da Europa nas ondas do Paraíso

Caparica Surf Fest começa amanhã com os melhores surfistas da Europa nas ondas do Paraíso

Caparica Surf Fest começa amanhã com os melhores surfistas da Europa nas ondas do Paraíso

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Até 8 de Abril a Costa vai estar nas atenções do surf numa etapa que é a última do mundial de qualificação europeu

As ondas das praias do Paraíso e Tarquínio, na Costa da Caparica, recebem já a partir de amanhã, segunda-feira, e até 8 de Abril, os melhores surfistas da Europa na edição de 2023 do Caparica Surf Fest. É a 6.ª e última etapa do mundial de qualificação europeu, que assume extrema importância para as contas do Challenger Series, que precede o Championship Tour, prova de elite da World Surf League (WSL).

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“A Costa de Caparica tem-se afirmado, desde há uns anos, no calendário internacional. É um projecto que passou por algumas dificuldades devido à pandemia, mas este será o ano de confirmação deste evento”, afirmou Frederico Teixeira, Event Manager da WSL em Portugal, na passada sexta-feira, durante a apresentação deste festival que traz à cidade atlântica do concelho de Almada mais do que surf.

Durante uma semana, o programa é ainda preenchido com aulas de surf grátis, um espaço dedicado ao skate: o Moche Impact Zone, com uma competição de skate. Há ainda aulas para todos os visitantes, e aulas de Pilates e música ao pôr do sol com os Estrella Galicia Sunset.

Para Frederico Teixeira, o Caparica Surf Fest é o projecto “com mais potencial e margem de crescimento”, e avançou que a organização “tem muitas ideias para o futuro” para alavancar um evento que “demonstra que a Costa da Caparica é, talvez, o ‘surf spot’ de Portugal mais democrático de todos, e está a 15 minutos do aeroporto de Lisboa”.

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Uma valência ainda maior quando o turismo “é uma das maiores fontes de rendimento do País, e a Costa da Caparica assume-se como a melhor alternativa de surf a nível nacional. Queremos mostrar que há mais na Costa da Caparica do que somente ondas”.

O turismo como sector potenciador da economia do concelho de Almada foi também realçado por Filipe Pacheco, vereador responsável pela área do Desporto municipal. “É uma mais-valia do ponto de vista de retorno a nível económico e turístico”, e lembrou a estratégia da Câmara de Almada ao criar, há alguns anos, o projecto “Costa todo o ano” que “visa quebrar a sazonalidade da Costa de Caparica como destino turístico e como grande destino de surf”.

E, “numa altura que estamos em época baixa, aquilo que queremos é continuar a convidar, de forma permanente, todas as pessoas do concelho, e fora dele, mesmo de outros países, para que venham à Caparica ver bom surf, e que fiquem por aqui, que aproveitem as nossas praias, a nossa restauração, o nosso alojamento, e todo este enquadramento maravilhoso”, acrescentou o autarca.

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São tudo razões para Filipe Pacheco afirmar que “este é mais um ano em que a autarquia de Almada aposta no surf de excelência”, uma vez que a etapa Caparica Surf Fest “é também essencial” para o concelho do ponto de vista desportivo. “É muito importante rodearmo-nos de grandes atletas. Precisamos de eventos âncora para desenvolver modalidades cruciais e uma delas é o surf”, afirmou.

Ainda na apresentação da competição, o autarca lembrou que, neste momento, está aberta a discussão no concelho do novo Plano de Estratégia e Desenvolvimento Desportivo”, e voltou a referir-se ao surf como uma modalidade “âncora”, tendo em conta toda a frente de mar do concelho, condição que obriga a “apostar muito nos desportos de ondas”.

Numa semana em que as previsões apontam para as melhores condições para a competição na Costa da Caparica, no masculino vai realizar-se uma etapa WQS 3000, em que apenas o top 7, mais um wild-card se qualificam. No feminino terá lugar um WQS 1000, em que o top 4 – liderado pela recém-coroada campeã europeia, Yolanda Hopkins, mais um wil-card marcarão presença nos Challenger Series.

Além de Frederico Morais, Yolanda Hopkins Sequeira, que já se qualificou para os Challenger Series, e depois de, no ano passado ter terminado a prova da Caparica na 3.ª posição, agora quer mais. “O ano passado foi o melhor campeonato que fiz na Caparica. Eu espero sempre chegar ao número um, mas ainda assim vou aproveitar as ondas, e também para treinar para os Challenger para depois me poder qualificar para o circuito mundial”, disse a surfista algarvia de 25 anos.

Também Francisca Veselko já está nos Challenger Series. A campeã mundial júnior participa na prova da Caparica já a pensar no que aí vem. “Esta etapa vai ser super importante para treinar. Não há nada melhor que competir em casa e ter o apoio da minha mãe, os meus amigos e famílias. As condições vão estar boas e estou a sentir-me bem, saudável e cheia de vontade”, referiu a jovem de apenas 19 anos.

O factor casa está ainda do lado do actual campeão nacional português. Guilherme Ribeiro acredita que este pode ser mesmo o seu ano. “A Costa nunca desilude, e este ano o ‘forecast’ parece o melhor de sempre. Ondas boas e tempo bom. Em relação ao ano passado, mudou muito. Cresci, estou noutra posição do ranking”, e acrescentou: “Já mostrei que é possível lá chegar. Estou à porta de lá chegar e estou pronto para dar tudo nesta etapa em casa. É o tudo ou nada. É matematicamente possível chegar aos Challenger”, afirmou o surfista da Costa de Caparica.

O Caparica Surf Fest conta com o apoio do Turismo de Portugal, Portuguese Waves, Câmara Municipal de Almada, Estrella Galicia, MEO, Millenium BCP, Hertz e Cabreiroá.

Ajudar atletas sub-14 a começarem uma carreira sólida

Este ano, o Caparica Surf Fest conta com mais uma novidade. Trata-se do 1.º evento do Legasea Tour, uma competição de surf com um formato inovador e organizada pelo surfista português Frederico Morais (Kikas), nos dias 7 e 8 de Abril. É um projecto que visa ajudar jovens atletas sub-14 a começarem uma carreira sólida no mundo do surf.

“Foi a forma que encontrei para dar algo de volta ao surf, tentando inspirar os mais novos a tornarem-se surfistas profissionais. Tive em tempos uma escola de surf, e todo esse contacto com os miúdos deixou-me com vontade de fazer mais. O Legasea é tentar passar uma mensagem, tentar incluir cada vez mais os pais, para perceberem o apoio que é preciso. Temos inscrições ainda abertas, mas acho que vamos ter a praia cheia. Não vou só ensinar, vou aprender muito com eles. E estou ansioso por este projecto”, explicou Kikas.

 

 

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