26 Junho 2024, Quarta-feira

- PUB -
Zero contra alargamento da pedreira da Secil no Parque Natural da Arrábida

Zero contra alargamento da pedreira da Secil no Parque Natural da Arrábida

Zero contra alargamento da pedreira da Secil no Parque Natural da Arrábida

Fábrica de cimento da Secil na Serra da Arrábida Reportagem sobre prós e contras

Associação ambientalista diz ter visto processo com “estupefacção, especialmente a ampliação em mais de 18,50 hectares”

 

A associação ambientalista Zero manifestou-se contra o alargamento da pedreira da cimenteira Secil no Parque Natural da Arrábida por considerar que viola os instrumentos de ordenamento em vigor.

- PUB -

A Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A, em Vale de Mós, na Arrábida, colocou em consulta pública, que terminou na quarta-feira, o pedido de licenciamento Único Ambiental para o novo Plano de Exploração das pedreiras em Vale de Mós, junto à fábrica de Setúbal, numa área que integra o Parque Natural da Arrábida e que faz parte da rede natura 2000 como Zona Especial de Conservação (“ZEC” Arrábida Espichel), refere a Zero.

Em comunicado, a associação diz que “foi com estupefacção que se deparou com este novo processo com vista à fusão das pedreiras Vale de Mós A e Vale de Mós B e especialmente com o objectivo de ampliação da área de exploração em mais 18,50 hectares”.

A Zero diz não compreender como é o que o processo chega a esta fase de Pedido de Licenciamento Único de Ambiente e defende que “esta ampliação não é de todo possível sem uma alteração da legislação em vigor”, tendo os instrumentos de gestão do território em vigor, nomeadamente o Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida, com as determinações previstas no Plano de Gestão da ZEC e com o novo Plano Director Municipal de Setúbal.

- PUB -

Quanto ao primeiro objectivo relativo à fusão das pedreiras, a Zero refere que não tem nenhuma objecção especial do ponto de vista ambiental, pois na prática as mesmas são contíguas, incluindo as áreas licenciadas e exploradas actualmente, mas manifesta a sua oposição à pretensão da empresa em ampliar a pedreira em mais 18,5 hectares.

A associação assinala que a oeste da cimenteira se situa o Estuário do Sado e a Península de Tróia, áreas parcialmente incluídas na Reserva Natural do Estuário do Sado e na rede natura 2000, e a baía de Setúbal, que pertence ao Clube das Mais Belas Baías do Mundo, o que se justifica também pela presença da Serra da Arrábida na sua orla.

“Com todo este enquadramento de valores naturais e paisagísticos, que também têm reflexo positivo na actividade económica ao nível do sector turístico, a presença de uma cimenteira e de uma pedreira com esta dimensão constitui desde há muito uma ferida na paisagem da região”, sublinha.

- PUB -

Para a Zero, “a presença da cimenteira e das pedreiras tem de ter um tempo de vida bem definido no tempo”.

“Tendo em conta as sondagens geológicas efectuadas ao longo do tempo e o conhecimento que existe de que esta situação de escassez de calcário viria a ocorrer, devia a empresa preparar-se atempadamente para ajustar a sua produção futura a este condicionalismo ao invés de tentar subverter as regras instituídas nos IGT [Instrumentos de Gestão do Território em vigor ] em vigor”, defendem os ambientalistas.

Partilhe esta notícia
- PUB -

Notícias Relacionadas

- PUB -
- PUB -