PSD diz que nova linha ferroviária entre Sines e Grândola ignora “populações locais”

PSD diz que nova linha ferroviária entre Sines e Grândola ignora “populações locais”

PSD diz que nova linha ferroviária entre Sines e Grândola ignora “populações locais”

Sociais-democratas referem a requalificação de Sines/Relvas Verdes e Grândola Norte como a melhor solução para os munícipes

 

O troço ferroviário entre Grândola e Santiago do Cacém não serve as populações do litoral alentejano. É este o entendimento da Comissão Política Distrital do PSD de Setúbal sobre a nova linha ferroviária de mercadorias no troço Sines/Relvas Verdes e Grândola Norte.

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Em comunicado, o partido considera que uma das prioridades é a requalificação da linha ferroviária entre o Porto de Sines e a linha do Sul, obra que já está em curso. Sobre a proposta da nova linha que liga os dois concelhos do litoral alentejano, dizem não compreender “o motivo pelo qual se volta a insistir num traçado que coloca em perigo estes dois concelhos, no que se refere à economia, ao ambiente e à sustentabilidade locais”.

Em declarações à Rádio Popular FM, Paulo Ribeiro, presidente da distrital de Setúbal do PSD, afirma que os concelhos de Santiago do Cacém e Grândola vão ficar prejudicados relativamente “à sua economia local, ao ambiente e à sustentabilidade daquela zona”. Como preocupação ambiental, o político diz que, com o avanço da construção deste novo troço ferroviária, vão ficar em perigo “milhares de hectares de montado”, e que vão estar em causa “os ecossistemas das lagoas de Santo André, da Sancha e Melides”.

Consideram que, apesar dos benefícios económicos que pode trazer, a ligação ferroviária acaba por prejudicar o “modo de vida de centenas de produtores da região, de populações que vivem das suas terras e de uma região com um enorme potencial”.

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Em mesma medida, dizem que quem sai prejudicado são as “populações locais, que tanto têm investido nas suas propriedades e vêem neste intento do Governo, uma ameaça ao seu modo de vida, à sua subsistência e à terra que sempre protegeram e preservaram, ao longo dos tempos”.

Como alternativa, a Comissão Política Distrital do PSD de Setúbal propõe ao Governo que termine a requalificação do Ramal de Ermidas do Sado, que inclui as linhas Sines/Ermidas e Ermidas/Grândola, no sentido de “acautelar as necessidades de modernização e continuidade apresentadas no Plano Ferroviário Nacional”. Dizem ainda que este troço está “praticamente todo requalificado e preparado para comboios com as características até agora pretendidas”.

Paulo Ribeiro, refere que não está em causa a necessidade de “requalificar a linha rodoviária entre o Porto de Sines e a linha do Sul”. Pelo contrário, diz que esta “deve ser uma prioridade” e que “o Governo tem adiado consequentemente e muitas vezes esta obra”.

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A nota critica a decisão socialista de sacrificar “os interesses da região de Setúbal” com a construção de uma nova linha, quando já existe uma construída e com necessidade de requalificação. Assim, o PSD “manifesta a sua oposição total a este novo traçado que o Governo pretende novamente impor às populações destes dois concelhos”.

O tema do Plano Ferroviário Nacional nos concelhos do litoral alentejano é um assunto que não é novo para as autarquias de Grândola e Santiago do Cacém. Paulo Ribeiro lembra que em 2006 existiram discussões sobre este mesmo troço. “Este assunto já tinha sido colocado em cima da mesa em 2006, na altura por força da audição pública, este projecto foi abandonado”.

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