Avançado, de 36 anos, consolida estatuto de melhor marcador de sempre da história do clube
Zequinha, avançado que abriu no domingo caminho ao reencontro do Vitória com os triunfos na Liga 3 (2-1 no reduto do Real), continua a fazer história no clube do seu coração. Aos 36 anos de idade, o avançado atingiu a fasquia dos 350 golos marcados ao serviço do emblema da sua terra natal, feito que o clube setubalense fez questão de assinalar numa publicação efectuada nas suas redes sociais Facebook e Instagram.
“Alma. Querer. Garra. Determinação. Força de vontade. Tantos são os adjectivos que caracterizam o nosso Zequinha, que hoje (domingo) atingiu a impressionante marca de 350 golos ao serviço do Vitória Futebol Clube. Com o nosso símbolo ao peito e com a pontaria sempre direcionada à baliza, desde criança até aos dias de hoje continua a dar-nos motivos para sorrir ”, lê-se no texto.
A mensagem difundida após o final do encontro da 20.ª jornada da prova, que consolidou Zequinha como melhor marcador de sempre na história dos verdes e brancos, alude ainda ao facto de o jogador ser filho de um vitoriano ferrenho, entretanto falecido. “Sabemos de alguém que está orgulhoso desta página da tua história e em cada um de nós está a força que precisas para conquistar ainda mais”.
Em entrevista publicada na edição de 15 de Dezembro de 2022 em O SETUBALENSE, o atacante não escondeu que o facto de ser de ser o melhor marcador de sempre do clube no total de todos os escalões. “Ter esse recorde é importante e motivo de orgulho por tudo o que o Vitória significa para mim e para a minha família”, disse o atleta que é também o artilheiro-mor da edição actual da Liga 3, prova em que contabiliza 12 golos.
Zequinha, que começou a jogar nos escalões de formação do Bonfim ainda em criança, assegurou que o sentimento que tem cada vez que celebra um golo com a camisola do clube do seu coração ao peito não é hoje diferente da que tinha quando era miúdo. “O que sinto ao marcar pelo Vitória agora é o mesmo de quando jogava nas escolinhas. O sentimento é o mesmo porque é o clube do meu coração e da minha cidade”.
Na ocasião, o capitão não escondeu o desejo de superar os 16 golos que tinha apontado no Campeonato de Portugal, em 2020/21. “Gostava de superar essa marca. Geralmente traço metas em que procuro ultrapassar as fasquias que atingi antes. Obviamente gostava de superar os 16 golos e ajudar o clube a atingir os seus objectivos”, disse numa altura em que ainda acreditava que o clube poderia lutar pela subida de divisão, meta que saiu gorada, uma vez que é certo que o Vitória vai estar envolvido, isso sim, na luta pela manutenção.
Por já ter estado numa posição em que era criança e olhava para os adultos que vestiam a camisola principal do Vitória como exemplos, Zequinha vê com o agrado o facto de os mais jovens olharem para si como um exemplo a seguir. “Também é bom para os meninos da formação que vêm alguém que também começou como eles fazer tantos golos. Quem sabe alguém não vá superar esse registo”, disse na altura ao nosso jornal.
O atacante nascido em Setúbal em 1987 fez toda a sua formação no Vitória até 2003/04. Os bons desempenhos nos escalões jovens levaram-no na época seguinte a rumar ao FC Porto, clube que mais tarde o emprestou ao Tourizense, Penafiel, Gondomar e Gil Vicente. Em 2009/10 representa o Olhanense e na época seguinte o Fátima, experiência que antecedeu a sua ida para a Grécia, país onde jogou no Larissa e Panthrakikos.
Em 2013/14, pela mão do treinador José Couceiro regressa ao Bonfim para envergar desta vez a camisola da equipa principal do seu Vitória, clube onde permanece até 2015, altura em que as poucas oportunidades que lhe são concedidas pelo técnico Quim Machado o fazem rumar ao Arouca. Seguiram-se Nacional e Atlético de Kolkata (Índia) antes de regressar em definitivo a Setúbal, em 2018/19, estando desde aí ao serviço do clube do seu coração.
Médio André Santos em destaque
Oficializado no passado mês de Janeiro como reforço do Vitória, o médio André Santos foi eleito pela Federação Portuguesa de Futebol como o Homem do Jogo no triunfo obtido pelos sadinos no campo do Real. “O camisola número 25 assumiu-se em grande plano e foi preponderante na conquista dos três pontos para os sadinos”, destacaram no momento em escolheram o jogador.
O atleta, que celebra quinta-feira 34 anos de idade, somou o seu sexto encontro oficial com a camisola do Vitória, clube pelo qual se tinha estreado a 22 de Janeiro no empate (1-1) alcançado no reduto do Caldas. O embate de domingo com o Real, em Queluz, foi, depois da igualdade (0-0) na recepção à Académica, o segundo consecutivo em que o André Santos alinhou os 90 minutos.
O internacional português, que foi formado no Sporting, tem no currículo várias passagens por emblemas da I Liga: U. Leiria, V. Guimarães, Arouca e BSAD. Com experiência em vários países (Espanha, Turquia, França, Roménia e Suíça), André Santos representou, antes da sua chegada a Setúbal, o Grasshoppers, da 2.ª divisão helvética, durante as duas últimas temporadas, tendo somado um total de 45 jogos, três golos e uma assistência.
