11 Maio 2024, Sábado

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“Um clube como o Vitória não pode estar mais abaixo do que está”

“Um clube como o Vitória não pode estar mais abaixo do que está”

“Um clube como o Vitória não pode estar mais abaixo do que está”

“A realidade neste momento é lutar pela manutenção e vamos fazer tudo para o conseguir”, garante atleta

 

 

Gorado o objectivo traçado no início a época de subir de divisão, João Freitas, defesa do Vitória, mostra-se agora focado em ajudar a equipa a atingir a permanência na Liga 3. O jogador, de 30 anos, admite que a temporada está longe de ser como pretendiam. “A época não está a ser fácil, queríamos estar noutra posição e gostaria de estar a dizer que íamos estar a lutar para subir de divisão. Infelizmente, não é possível”

Em declarações ao ‘podcast’ da Federação Portuguesa de Futebol sobre a competição, o central vinca a necessidade de o clube se manter no terceiro escalão. “ A realidade neste momento é lutar pela manutenção e vamos fazer tudo para o conseguir. Um clube como o Vitória não pode estar mais abaixo do que está. Daqui só para cima. Infelizmente, não vai ser possível esta época, mas tenho a certeza que, mais cedo ou mais tarde, o Vitória vais estar onde merece”.

Apesar de o desempenho dos setubalenses estar muito aquém das expectativas, João Freitas é célere a identificar os melhore momentos vividos até ao momento em Setúbal. “Vi o jogo de fora porque estava lesionado, mas, quando eliminámos o Paços de Ferreira, da I Liga, da Taça de Portugal, foi, sem dúvida, por toda a envolvência, o momento mais alto da época em termos colectivos. Por ter defrontado uma antiga equipa, a nível pessoal, jogar contra o Casa Pia, apesar de não termos vencido, foi um momento marcante”.

Questionado sobre os objectivos pessoais que gostaria ainda de atingir, o defesa, que está vinculado com o clube até 2024, não retira o Vitória da equação. “Em termos palpáveis, é ajudar a conseguir a manutenção do Vitória. Por ter mais um ano de contrato, quero, sem dúvida, colocar o clube nas ligas profissionais. Claro que ambiciono jogar novamente na II Liga e, mesmo sabendo que é difícil, numa I Liga. Se não for em Portugal que seja noutro sítio. Se for para jogar na II Liga pelo Vitória, seria óptimo, gostava muito”.

Na conversa informal que teve no ‘podcast’ da FPF, o atleta, que chegou ao Bonfim oriundo do Alverca, explicou que quando surgiu a oportunidade de representar os sadinos não hesitou. “Depois de terminar a época anterior, o meu empresário ligou-me a dizer da possibilidade de vestir a camisola do Vitória. Disse-lhe logo que sim, nem pensei duas vezes. Antes de vir já sabia, mas depois de estar no clube tive ainda uma maior percepção da grandeza do Vitória”.

João Freitas falou do momento em que o colega e capitão de equipa José Semedo anunciou o final da carreira, decisão que, confessa, o surpreendeu. “Fomos apanhados um bocado de surpresa pela sua decisão porque ele não demonstrou que isso podia vir a acontecer, aliás o Semedo disse na conferência de imprensa que tinha apenas falado com o Zequinha e François e o treinador. A restante equipa foi apanhada um bocado de surpresa”, lembrou.

O defesa, que esteve ao lado do médio no momento em que este tornou pública a sua decisão, frisou a importância do apoio vindo dos seus pares. “Nos dias em que continuou a estar presente, tentámos ajudá-lo da melhor maneira. Ficámos a conhecer as razões que o levaram a terminar a carreira. Demos-lhe força para aquilo que aí vem. Sabemos que vai chegar a nossa hora e queremos que façam a nós, quando acabarmos a carreira, seja por que motivo for, o apoio e conforto que todos os jogadores precisam nessa altura”.

Em relação à Liga 3, João Freitas não tem dúvidas de que se trata de uma competição que veio encurtar o fosso que existia entre o segundo e terceiro escalão do futebol nacional. “Veio ajudar muito e tornar as competições mais interessantes e competitivas. Antes havia uma diferença muito grande ao nível da organização e salários entre a II Liga do Campeonato de Portugal. A Liga 3 veio aproximá-las e a prova é que há equipas desta prova que não têm muita diferença de algumas equipas da II Liga e, até, da I Liga”.

O central dá um exemplo prático dessa situação. “Antes, na Taça de Portugal, havia surpresas quando equipas destes escalões se defrontavam, mas agora há ainda mais”, afirma, referindo que a presença de clubes históricos dá uma maior projecção à prova. “A Liga 3 atraiu também bons jogadores, veio aumentar o profissionalismo, apesar de nem todas serem profissionais. Clubes como o Vitória e U. Leiria, que são gigantes adormecidos, dá uma projecção incrível a esta prova”.

Formado no 1.º Dezembro e Sporting, João Freitas representou, depois de deixar o clube leonino, em 2010/11, quando era sub-19, o Moura, Sertanense, Amora, Casa Pia, Leixões, Gafanha, Vilafranquense e Alverca. Depois de três anos no emblema ribatejano, o defesa mudou-se par o Vitória, clube pelo qual contabiliza 10 partidas (nove no campeonato e uma na Taça de Portugal).

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