27 Junho 2024, Quinta-feira

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PCP e União de Sindicatos acusam director de desrespeitar direito à greve dos professores

PCP e União de Sindicatos acusam director de desrespeitar direito à greve dos professores

PCP e União de Sindicatos acusam director de desrespeitar direito à greve dos professores

Pedro Florêncio, director do Agrupamento de Escolas Ordem de Sant’Iago, nega e explica que pré-aviso do STOP “coincidiu” com a greve distrital da FENPROF

 

O PCP e a União de Sindicatos de Setúbal acusam o director do Agrupamento de Escolas Ordem de Sant’Iago de desrespeitar o direito à greve, ao terem sido convocados “professores quando para a greve [distrital da FENPROF] de dia 2 não havia serviços mínimos”.

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A O SETUBALENSE, Pedro Florêncio, director do agrupamento, negou a acusação e garantiu que “nunca iria inibir os professores de fazer greve”. “Para o dia 2 havia também um pré-aviso de greve do STOP, que por acaso coincidiu com a greve distrital da FENPROF. Os serviços mínimos estavam decretados pelo Ministério da Educação”, explicou.

“Se as pessoas não vierem no dia 2, eu não sei se estão a fazer greve ao abrigo daquilo que é o pré-aviso do STOP ou da [greve da] FENPROF ou de outro sindicato. Se há alguém que pugna por aquilo que são os direitos dos trabalhadores sou eu”, acrescentou.

A denúncia foi feita pela direcção regional de Setúbal do Partido Comunista Português (PCP), que, através de comunicado, disse ter obtido a informação de que “perante a marcação de um dia de greve para 2 de Fevereiro pela FENPROF, os professores do agrupamento foram contactados pelo director para não aderirem à greve”.

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Já Luís Leitão, coordenador da União de Sindicatos de Setúbal, referiu a O SETUBALENSE que a questão levantada pelos docentes diz somente respeito à greve da FENPROF e que “foram vários [os] professores” que dizem ter sido contactados por Pedro Florêncio, a “recordar que havia serviços mínimos nesse dia”.

“É estar a convocar alguém quando não há serviços mínimos para a greve de dia 2. No entendimento da União há uma violação do direito à greve, uma vez que a greve convocada para o dia 2 não tinha, conforme a FENPROF veio alertando, serviços mínimos. Há um exagero ao convocar alguém para serviços mínimos nessa altura”, afirmou.

Contudo, Pedro Florêncio explicou ter cumprido ordens, uma vez que “o entendimento que o Ministério da Educação tem é que os serviços mínimos estão decretados para estes dias”, referindo-se ao pré-aviso de greve anunciado pelo STOP.

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“Aquilo que eu sei é que tenho de cumprir ordens do meu director-geral, que me diz que têm de ser garantidos os serviços mínimos para os alunos vulneráveis, para os alunos que estão a ser acompanhados pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, para os alunos com medidas selectivas e adicionais e para os alunos que têm de almoçar na escola”, afirmou.

“Alguma vez ia inibir os professores de fazer greve? Todos os dias há professores a fazer greve. Nenhum professor foi contactado no sentido de não fazer greve. Isto deixou-me muito chocado a mim, à minha equipa e a um conselho pedagógico inteiro porque isto não corresponde à verdade. Ninguém é inibido de fazer greve”, garantiu, a concluir.

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