É claro e evidente que os recursos que o estado conseguir alocar para combater a pandemia que vivemos deve merecer o apoio de todos.
Mas no aspeto económico é fundamental uma resposta rápida e clara.
A rapidez. É crucial que os apoios anunciados pelo governo consigam chegar às empresas e famílias com a maior rapidez possível. Quer pela necessidade emergente que esta crise gera, quer pela confiança que pode ajudar a introduzir na economia. Ainda que sejam medidas que ajudam apenas ao fundo de maneio das empresas e famílias, não deixam de representar o primeiro apoio à economia, e o primeiro apoio não deve demorar.
Do lado das instituições da União Europeia a velocidade das medidas é fundamental a dois níveis. As medidas que dão liquidez à economia são importantíssimas. Provavelmente será nestas medidas que a economia portuguesa encontrará apoios que não sejam destinados apenas à tesouraria, e que alavanquem investimento que permita reabilitar o tecido empresarial.
A clareza. A quem são destinadas as medidas, para que servem e como podem ser acedidos os apoios que contêm. Quanto maior clareza no processo mais facilmente as empresas e famílias beneficiárias acedem aos apoios. Por outro lado, todos os bancos envolvidos atuam mais rapidamente se a informação for clara.
A região de Setúbal, e muito particularmente a Península de Setúbal vão ter que merecer um aspeto adicional na clareza dos apoios que cheguem de Bruxelas. Não podem existir empresas descriminadas por aritméticas com origem na atuais NUTS, esta crise económica “bate” em todos de forma igual, o que terá que implicar apoios iguais para todos.
A economia mundial está em estado de emergência. As respostas anunciadas têm que chegar às empresas e famílias com a maior brevidade e igualdade possível e na quantidade necessária.
No horizonte futuro vamos sair do estado de emergência, vamos vencer a pandemia. As medidas de apoio à nossa economia têm que nos dar confiança que também venceremos esta crise económica, que sejam claras e rápidas a chegar.
