28 Junho 2024, Sexta-feira

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Voluntários chegam de todo o Mundo para ajudarem à reflorestação da encosta do castelo

Voluntários chegam de todo o Mundo para ajudarem à reflorestação da encosta do castelo

Voluntários chegam de todo o Mundo para ajudarem à reflorestação da encosta do castelo

Projecto Downtown Palmela tem conquistado apoiantes além-fronteiras. Mais de 50 mil espécies já plantadas, após o incêndio de 13 de Julho

 

De todos os cantos do Mundo têm chegado voluntários para participarem no projecto Downtown Palmela, que visa a reflorestação da encosta do castelo, na zona que foi devastada pelo incêndio de 13 de Julho passado.

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André Amaro e Maarten Bas são os impulsionadores deste programa e donos da Quinta da Azenha, que contempla 14 hectares de propriedade. Estão, desde Outubro, a trabalhar para devolver os tons de verde às zonas mais afectadas pelo sinistro.

O caminho para chegar ao destino é distante para muitos dos voluntários, oriundos dos Estados Unidos da América, da Argentina, da Alemanha, da Inglaterra e dos Países Baixos. Descobrem esta acção pela pesquisa feita através da plataforma “Workaway”, embora a iniciativa conte também com pessoas do concelho, que aos fins-de-semana se dedicam a esta operação. Alguns já participam desde o início.

Os voluntários, em conjunto com toda a equipa do projecto que trabalha nos terrenos localizados na Baixa de Palmela, estão a desenvolver pequenos ecossistemas em volta de valas escavadas outrora, por força da existência de uma antiga fábrica de barro local, já extinta. Ao longo dos sábados e domingos de trabalho – tempo médio necessário e estimado para a realização desta tarefa sem fim à vista – as saídas das valas são tapadas com pedras e argila, de modo a conter a água das futuras chuvas. O objectivo, a médio prazo, passa por criar uma lagoa com água suficiente para alimentar toda a flora ali plantada.

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“Pelo facto do terreno ser íngreme, a água proveniente da precipitação acaba por escorrer e não permanecer na encosta para alimentar o solo. A criação destas pequenas ‘barragens’ vai permitir que a água seja retida e que plantas e árvores com mais necessidade de humidade possam crescer ali à volta”, explicou a O SETUBALENSE Joaquim Espadas, um autodidacta na área da agricultura e do processo da natureza, que está no projecto de reflorestação desde o início.

Josh Davis veio de Inglaterra há cerca de um mês. Sublinha que esta acção é de extrema importância e que “mais pessoas deviam participar”. “Foi uma desgraça o que aqui aconteceu, mas nós precisamos de preservar o ambiente ao nosso redor e aqui há pouca aderência da água por não haver árvores. Existe muita erosão e temos de agir agora, antes que fique pior”, faz notar. Terá que regressar ao seu país, à semelhança do que acontece com os restantes voluntários, que vão, mas prometem voltar.

Mais de 50 mil espécies foram plantadas ao longo destes quatro meses, ao abrigo do projecto de André Amaro e Maarten Bas, num investimento que ronda os 40 mil euros. Toda a iniciativa está a ser desenvolvida dentro dos trâmites legais, tendo em conta que, apesar de ser propriedade privada, está localizada no interior do Parque Natural da Arrábida, com a gestão a ser da competência do ICNF. Também a coordenação com especialistas da área tem sido feita, no sentido de se realizar uma avaliação cuidada de todo o terreno, no que concerne às espécies autóctones.

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Esta acção de reflorestação da encosta do castelo está aberta à participação de todos.

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