9 Agosto 2024, Sexta-feira

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Bombeiros de Cacilhas reconhecem apoio da câmara e exigem mais da autoridade nacional

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Bombeiros de Cacilhas reconhecem apoio da câmara e exigem mais da autoridade nacional

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Inês de Medeiros refere os bombeiros como mulheres e homens que prestam um verdadeiro serviço à causa pública

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas comemorou no passado domingo, 15 de Janeiro, 132 anos. Uma cerimónia que se realizou nas instalações do quartel sede da corporação na Avenida Povo M.F.A.; uma artéria estruturante do concelho que o presidente da mesa da assembleia-geral, Raul Marques, gostaria que homenageasse os bombeiros daquela freguesia.

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Para se reconhecer o “altruísmo” dos bombeiros, Raul Marques, durante a cerimónia, sugeriu que a Câmara Municipal de Almada, em próxima reunião, “atribua à avenida [onde está o quartel] o nome de Avenida Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas”. Uma ideia que, na altura, não teve resposta da presidente da Câmara, Inês de Medeiros.

Mas quem esteve presente, ouviu a autarca afirmar o seu reconhecimento pela “entrega dos bombeiros e dedicação” relativamente à segurança da população, e referiu-se às três corporações do concelho: Bombeiros Voluntários de Cacilhas, Bombeiros Voluntários de Almada e Bombeiros Voluntários da Trafaria.

Um “bom exemplo de trabalho de equipa”, disse Inês de Medeiros sobre o relacionamento entre as corporações, a câmara e juntas de freguesia. “É esta camaradagem que faz a solidez das instituições”, sublinhou.

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E reforçou: “São mulheres e homens que prestam um verdadeiro serviço à causa pública”, o que acontece “numa altura estranha em que há uma crescente desvalorização” dessa mesma causa. São eles que “diariamente relembram que a sociedade se faz com a dedicação de todos”. E sublinhou que “uma sociedade demasiado individualista é uma sociedade condenada”.

Antes da intervenção da autarca, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas, Maximino Viegas, lembrou que a Câmara Municipal “reconhece o trabalho dos bombeiros” e focou que esta mantém activo o contrato-programa que, à corporação, “dá estabilidade e esperança de um futuro sustentado”.

“Graças à Câmara Municipal, juntas de freguesia e pessoas amigas, [os Bombeiros Voluntários de Cacilhas] são um corpo mais capacitado e com equipamentos modernos de excelência que contribui para um melhor socorro”, disse ainda.

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Mas para o comandante Maximino Viegas o apoio da autarquia tem de ser acompanhado pelo Estado e, dirigindo-se ao comandante Nacional de Emergência e Protecção Civil, André Fernandes, lembrou que é necessária a “substituição de viaturas”, assim como “a distribuição de equipamentos de protecção individual para espaços naturais e incêndios em espaços estruturais”. Alertou ainda para a “urgência” de ser criada “uma carreira para os bombeiros que dê estabilidade, igualdade, critério e remuneração adequada”.

O mesmo defendeu Carlos Pinto, presidente da direcção da associação humanitária. Além dos “salários baixos”, apontou que Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil “desde há muitos anos que não contempla [os Bombeiros de Cacilhas] com a atribuição de uma viatura”. Ao mesmo tempo, focou a importância do Estado central alivar os bombeiros da carga de impostos, como é caso do IVA sobre os combustíveis.

Como prenda de aniversário, a Câmara e Almada ofereceu à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas 145 capacetes tecnicamente mais avançados para protecção de combate a incêndios estruturais, e que vêm substituir os que já estavam obsoletos.

Durante a cerimónia foi distinguido o tesoureiro da associação, o empresário Eduardo Viegas com a imposição da Medalha de Agradecimento Grau Prata, e foram ainda entregues lembranças de reconhecimento às empresas que têm apoiado a corporação. Em acto público foram promovidos quase uma dezena de bombeiros a categorias superiores.

Intervenção em 39 municípios e 13 distritos

Em 2022, o registo na plataforma da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil coloca as equipas dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas a actuarem em 39 municípios e 13 distritos do País.

Foram números apontado pelo comandante dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas, Maximino Viegas, que referiu ainda a acção da corporação em duas ocorrências de riscos naturais; 56 de riscos tecnológicos; 493 relativas a riscos mistos; 9 254 situações de protecção a pessoas e bens, das quais 8 970 foram emergências médicas.

Estão ainda registadas 1 936 ocorrências de operações de estado de alerta o que, referiu o comandante, perfaz 12 339 situações com o empenhamento de 30 9012 bombeiros e 13 519 veículos.

 

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