8 Maio 2024, Quarta-feira

Executivo CDU de Setúbal vai pedir prorrogação do prazo para aceitar Acção Social

Executivo CDU de Setúbal vai pedir prorrogação do prazo para aceitar Acção Social

Executivo CDU de Setúbal vai pedir prorrogação do prazo para aceitar Acção Social

Proposta que solicita adiamento até 3 de Abril vai ser apreciada em reunião de Câmara

O executivo CDU, que gere a Câmara de Setúbal, quer solicitar ao Governo a prorrogação do prazo da aceitação da descentralização de competências na área da Acção Social, até 3 de Abril deste ano. Antes de ser enviado, este pedido vai ser apresentado e votado em próxima reunião de câmara e, se aprovado, posteriormente, discutido em Assembleia Municipal.

Esta transferência de competências do Governo deveria ter iniciado a 1 de Janeiro deste ano, mas ainda em 2022 a Câmara e Assembleia Municipal de Setúbal decidiram pedir o adiamento do assumir dessa responsabilidade na sequência do “reconhecimento por parte do Governo de que existem problemas que é preciso aprofundar neste domínio”, lembra o presidente da Câmara, André Martins.

Entretanto, foram aprofundadas algumas questões, mas nem todas terão ficado bem esclarecidas e “o Governo decidiu que as câmaras municipais poderiam pedir uma nova prorrogação do prazo de aceitação da descentralização na área da Acção Social até 3 de Abril”, disse o autarca a O SETUBALENSE. É a proposta com este pedido de prorrogação que a CDU vai apresentar em reunião de câmara.

O processo de descentralização de competências do Governo, na área da Educação, Saúde e Acção Social para as autarquias tem levantado questões por parte de autarcas em matéria do pacote financeiro e meios que deverá acompanhar estas transferências; é o que tem acontecido em Setúbal.

“Assumimos as responsabilidades na Educação, cumprimos a lei, mas dissemos que o fazíamos sob protesto porque é necessária a devida compensação de custos associados à mesma”, sublinha André Martins. E o mesmo aconteceu quanto à descentralização na área da Saúde, mas, “até hoje, não assinámos os autos de transferência por considerámos que o que está nos autos não corresponde à realidade que se pretendia ser transferida para a Câmara Municipal”.

“Estamos a acompanhar o processo, esperamos que essas situações sejam alteradas para então assinarmos os autos de transferência e assumir em pleno essa responsabilidade. Naturalmente que isso implica a atribuição das necessárias competências financeiras quanto aos custos a assumir pela Câmara Municipal”.

Para o presidente não há qualquer dúvida de que as autarquias, pela proximidade com as populações, conseguem gerir melhor algumas áreas que o Poder Central, mas vinca que estas responsabilidades “têm de ser compensadas” em termos financeiros. Caso contrário, a Câmara Municipal “perde capacidade de intervenção nas competências que já tem”, alerta André Martins.

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