Investimento de 9 M€ na União das Freguesias pretende melhorar coesão social no território

Investimento de 9 M€ na União das Freguesias pretende melhorar coesão social no território

Investimento de 9 M€ na União das Freguesias pretende melhorar coesão social no território

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Criação do Centro Educativo Barbosa de Bocage entre as obras incluídas para eliminação dos horários duplos no Agrupamento Barbosa du Bocage

 

Com o objectivo de melhorar a coesão social na União das Freguesias de Setúbal, através da realização de um conjunto de obras materiais e acções imateriais, o território vai receber um investimento de nove milhões de euros, sendo que 6,3 milhões serão comparticipados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

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O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, na passada quarta-feira, na apresentação pública da Operação Integrada Local “Comunidades Desfavorecidas – União das Freguesias”, realizada nos Paços do Concelho.

“O que aqui vos apresentamos é o resultado de um trabalho intenso. Trabalho que é consequência do estabelecimento de parcerias com várias instituições do concelho e de um processo de conjugação e integração de visões e ideias distintas”, disse o autarca.

O contrato de financiamento foi assinado pela Câmara de Setúbal no passado dia 4, com a operação, centrada em sete eixos de actuação, nomeadamente a Cidadania, Cultura, Educação, Social, Ambiente, Saúde e Emprego, a contemplar a criação do Centro Educativo Barbosa de Bocage, no Bairro do Liceu, por três milhões, valor que será em parte assumido pela autarquia para que outras áreas fossem integradas na candidatura.

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“Trata-se de uma operação de eliminação dos horários duplos no Agrupamento de Escolas Barbosa du Bocage, que melhora significativamente as condições e o acesso à educação, bem como aumenta a oferta de pré-escolar”, explicou André Martins.

Entre as intervenções físicas encontra-se igualmente a requalificação do Campo de Jogos das Pedreiras, “com a colocação de relva sintética”, e do Pavilhão João dos Santos, ambos no Bairro do Viso, por 250 mil e 500 mil euros, respectivamente.

Está ainda previsto o encurtamento dos caminhos “que juntam as três freguesias da União das Freguesias, actuando em atalhos e trilhos, e as intervenções nos “caminhos Informais” que ligam os bairros envolventes ao Campo de Jogos da Pedreira, no sistema de “escadas” dos bairros do Grito do Povo, dos Pescadores e da Palhavã e no Jardim do “Anfiteatro” do Bairro dos Pescadores”.

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Oficinas colaborativas e criativas entre acções imateriais

No que diz respeito às acções imateriais, estão incluídas oficinas colaborativas – nos bairros dos Pescadores, Grito do Povo, do Viso, Quinta do Freixo e do Liceu –, criativas (na zona do Troino, Fonte Nova e na Baixa/Rua Arronches Junqueiro) e de experimentação.

“Entre outras vertentes, será intensificada a abordagem de intervenção comunitária iniciada em 2017 nos Bairros dos Pescadores e do Grito do Povo, com a realização de oficinas colaborativas. Este objectivo será concretizado por via de iniciativas de acupunctura urbana e acções de acupunctura comunitária”, referiu o autarca.

Na zona mais antiga do Troino, por sua vez, vão ser promovidas “residências artísticas e living streets e, ainda, actividades físicas e de ar livre orientadas para a generalização de bem-estar e envelhecimento activo e de promoção de cidadania activa”.

Será ainda possível eliminar “fronteiras físicas e simbólicas no território, [realizar] intervenções de manutenção na estrutura verde de continuidade, flores, podagem e correcção de situações pontuais de vandalismo de espaços comuns e manutenção” e criar “parques infantis com estruturas multifacetadas acessíveis”.

Operação tem de ser executada até Dezembro de 2025

A Operação Integrada Local – União das Freguesias de Setúbal, cuja execução tem de ser cumprida até 31 de dezembro de 2025, ‘nasce’ do Plano de Acção da Operação Integrada Local “Coesão Sócio-Territorial através das Margens”, no âmbito do Aviso RE-C03-i06.02, intitulado “Operações Integradas em Comunidades Desfavorecidas na Área Metropolitana de Lisboa”, entidade que gere a respectiva área do PRR.

“Trata-se de um instrumento de planeamento participativo de intervenção nas comunidades desfavorecidas, [que] confere aos cidadãos residentes no território a possibilidade de desempenharem um papel activo no processo de planeamento, nomeadamente na definição de acções e medidas a desenvolver até ao final do ano de 2025, com a finalidade de promover mais inclusão”, salientou o edil.

Perante uma sala cheia, André Martins frisou que “partindo do diagnóstico apresentado, é ambição desta operação contribuir para a afirmação da União das Freguesias de Setúbal como um território coeso”. “Um território que tenha menos assimetrias no acesso a oportunidades e se afirme como um território activo e participante no desenvolvimento do concelho”.

Antes, destacou as onze entidades que fazem parte do processo, incluindo a autarquia sadina e a União das Freguesias de Setúbal. Também o Agrupamento de Escolas Barbosa du Bocage, os grupos desportivos Casal das Figueiras e da Palhavã e as associações de Moradores do Casal das Figueiras contribuíram para o desenvolvimento do mesmo.

Como parceiro está ainda a Associação de Professores e Amigos das Crianças de Casal das Figueiras, assim como a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental, a Sociedade de Estudos e Intervenção em Engenharia Social (SEIES) e a Associação Moradores do Grito do Povo.

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