Mostra de Cinema Alternativo “Cão Amarelo” cresce em “qualidade, diversidade e carácter internacional”

Mostra de Cinema Alternativo “Cão Amarelo” cresce em “qualidade, diversidade e carácter internacional”

Mostra de Cinema Alternativo “Cão Amarelo” cresce em “qualidade, diversidade e carácter internacional”

No fim-de-semana, a Associação Odisseia ligou a tela para a sexta edição da Mostra Internacional de Cinema Alternativo Cão Amarelo. Durante três dias, o cinema foi rei em vários locais da comunidade de Pinhal Novo numa programação que contemplou sessões de curtas -metragens, exposições, ateliers, concertos e até momentos de stand-up.

A sessão de abertura teve lugar no Auditório Municipal de Pinhal Novo – Rui Guerreiro e contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Amaro, e de João Espalha, em representação da Junta de Freguesia de Pinhal Novo.

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Daniel Fulgêncio Silva, director da mostra, a par de Joana Dias, ambos parte integrante da Associação Juvenil Odisseia, entidade dinamizadora do festival, começou por destacar a adesão registada na iniciativa “Cãozinho Amarelo”, que abriu o festival na sexta-feira de manhã. “Cerca de 180 pessoas participaram nesta iniciativa e iremos continuar a trabalhar para podermos chegar a muitas mais. Agora tivemos só escolas da vila mas a ideia é alargar a freguesia e podemos considerar que a Croácia é o país convidado deste ano”, disse. 

A sessão infantil, pela Škola Animiranog Filma, para as escolas de 1.º ciclo, foi dinamizada pela professora croata Jasminka Bijelic Ljubic, que agradeceu “estar no Pinhal Novo, a fazer esta colaboração” e partilhou já ter estado “em festivais muito maiores mas encontrou no Pinhal Novo uma atmosfera diferente, muito boa, com jovens efectivamente muito interessados em fazer coisas, pelo que espera que esta cooperação se mantenha”.

Em representação da Junta de Freguesia de Pinhal Novo, João Espalha registou a tendência de crescimento que a Mostra Internacional de Cinema Alternativo tem vindo a verificar, “não apenas no cinema mas também a chegar a outras áreas da cultura. É de facto muito importante perceber que de facto o cinema não deixa de ser a essência do ‘Cão Amarelo’ mas ele também começa a crescer para outras vertentes, com mais pujança e mais visualização”.

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Esta é, no seu entender, “a prova de que o festival está a contribuir para o desenvolvimento do território. O facto de termos uma amiga da Croácia nesta edição é este sinal de que o Pinhal Novo não se fica nestas fronteiras e procura ir mais longe e dar-se a conhecer fora do nosso território nacional”.

Para Álvaro Amaro, presidente da Câmara Municipal de Palmela, este é um festival que “faz falta no conjunto da diversidade de oferta cultural que temos que ter no nosso território. O ‘Cão Amarelo’ anda à solta já há alguns anos e a qualidade, diversidade e também o carácter internacional cresceram nesta edição”. O edil considera que “este é um caminho imparável no momento em que estamos a tentar retomar tanta coisa na área das artes performativas, na criatividade, na cultura em geral, e às vezes o cinema parece ser o parente pobre em muitas coisas” e aproveitou igualmente o momento para felicitar a Associação Odisseia e “o conjunto de amigos e amigas que continuam a ter a ousadia de inovar e de fazer arte com muitas interligações, de uma forma muito eclética, e é isso que se deseja em Pinhal Novo”.

 

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Novela “A Herança” homenageia cultura caramela

A abrir o festival esteve a exibição da Novela Caramela “A Herança”, uma produção da Associação Odisseia, desde o vídeo e fotografia à música do genérico, antecedida pela partilha de experiências sobre todo o processo de criação por Carolina Ramalho e Pedro Piedade.  “Inicialmente o Daniel desafiou-nos a fazer uma rádio-novela e nós quisemos mais e decidimos fazer uma rádio-novela, uma telenovela e uma fotonovela”, contou Carolina Ramalho. 

Por sua vez, Pedro Piedade explicou que o objectivo era “fazer algo para a terra, englobando a cultura caramela, referências da vila, da história e ao mesmo tempo incluir muita coisa absurda que não faz sentido porque nem tudo tem de fazer”, frisando o objectivo de “divertir quem visse, tal como divertiu quem fez”.

Na programação de sábado, o “Cão Amarelo” foi até ao Acção Teatral Artimanha para o workshop “Olhar documental – o cinema contemplativo”, com Matilde Calado, e ao Centro de Recursos para a Juventude com o workshop “Funkymations”, com Jasminka Bijelic Ljubic. De tarde, houve ainda uma visita à exposição “O Cão Amarelo visto por Jovens Artistas”, patente na Adega ASL Tomé até 14 de Novembro. À noite, na sessão de curtas de jovens realizadores, que dividida entre o Auditório Municipal de Pinhal Novo – Rui Guerreiro e depois a Adega ASL. Tomé, foi dada prioridade ao cinema português, com todas as curtas-metragens realizadas por realizadores portugueses. 

No domingo, último dia da mostra, houve mais uma sessão infantil “Cãozinho Amarelo”, seguida, às 17h00, da sessão de curtas “Inshadow”, pela Associação Vo’Arte, no Auditório Municipal. À noite, o mesmo equipamento recebeu a sessão de curtas da Escuela de Cine y Audiovisual de La Comunidad de Madrid, que encerrou esta sexta edição do “Cão Amarelo”.

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