Transição energética em agenda. Grupo de trabalho da empresa angolana já prepara visita técnica a Sines
A Associação Empresarial de Sines (AES) e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CPD) da Sonangol vão assinar um protocolo de parceria e partilha de conhecimento no âmbito de investimentos na transição energética.
O anúncio foi feito na última quinta-feira pela AES, que adianta que já “está a ser preparada uma visita técnica a Sines” por parte do grupo de trabalho do CPD da Sonangol.
O estreitamento de laços entre as duas entidades surge na sequência de uma visita oficial do presidente da AES, Hugo Manuel Ferreira, e da assessora Isabel Francisco, este mês a Angola, onde o responsável português foi recebido pelo conselho de administração do CPD da Sonangol.
Em comum estão “os investimentos que irão ser realizados em Sines, com os projectos de Centro de Dados e os de produção Hidrogénio Verde, onde o CPD da Sonangol tem pretensão de investir e também de desenvolver esse tipo de projectos em Angola”, explica a AES.
Na reunião mantida entre as duas partes, a administração do CPD assumiu ter “como principal objectivo apoiar a operacionalização e sustentabilidade do sector petrolífero da República de Angola”.
“O CPD pretende tornar-se um centro de referência nacional, com reconhecimento internacional, e também auxiliar o país na transição energética”, indica a AES sobre a empresa do grupo Sonangol.
Ainda de acordo com AES, o CPD conta “com infra-estruturas próprias e elevada qualidade tecnológica” e “é composto por várias estruturas técnicas, cibernéticas e laboratórios”, dedicados a “actividades de pesquisa, assistência técnica, prestação de serviços e capacitação especializada”.
Pelo CPD da Sonangol participaram no encontro o presidente do Conselho de Administração, Orlando da Mata, o presidente da Comissão Executiva, Vladimir Machado, os administradores Fábio Lopes e Epifânio Santos, além do director do Gabinete da Comissão Executiva, Paulo Garcia.
O CPD tem actualmente a decorrer “projectos no âmbito da refinação e petroquímica, gás e energias renováveis, hidrogénio verde, Biocombustível e monitoramento ambiental” bem como “o desenvolvimento de tecnologias de biorremediação e produtos ecológicos”, revela a AES, a finalizar.