22 Julho 2024, Segunda-feira

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Incêndio em Palmela devastou 415 hectares e despesas já ascendem a 158 mil euros

Incêndio em Palmela devastou 415 hectares e despesas já ascendem a 158 mil euros

Incêndio em Palmela devastou 415 hectares e despesas já ascendem a 158 mil euros

Município, tutela e moradores debateram consequências do fogo e “estratégia” a seguir para recuperar a zona ambiental

Sessenta e nove por cento dos 415 hectares consumidos pelo incêndio que deflagrou em Palmela a 13 de Julho último corresponde a área do Parque Natural da Arrábida. E mais de 158 mil euros foi o valor, para já, apurado em despesas directas na sequência da devastação provocada pelas chamas.

Estes foram apenas alguns dos dados revelados numa reunião realizada no passado sábado, no auditório da Biblioteca Municipal de Palmela – juntando representantes da Câmara, de organismos da tutela, agentes económicos e academia, além da população –, para balanço aos danos causados pelo sinistro mas também para debater a estratégia a adoptar com vista à recuperação ambiental da zona afectada.

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A sala esteve à pinha e Pedro Carilho, do Núcleo Sub Regional do Fogo Rural da Área Metropolitana de Lisboa – ligado ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que tutela o Parque Natural da Arrábida –, abriu as intervenções, com a apresentação de uma síntese do relatório de ocorrência do incêndio. A avaliação dos efeitos do incêndio; a estabilização de emergência; e a reabilitação e recuperação de longo prazo foram alguns dos temas abordados pelo responsável, depois de o presidente da autarquia, Álvaro Balseiro Amaro, ter sublinhado “a necessidade de aprofundar a cultura de segurança”, que é “responsabilidade de todos”.

De Carlos Caçoete, do Serviço Municipal de Protecção Civil, veio a confirmação de que o flagelo traduziu-se em 415 hectares de área ardida, 69% dentro do Parque Natural da Arrábida ( o equivalente a 286,35 hectares). Caçoeta debruçou-se ainda sobre o processo de recuperação e algumas medidas que o município pretende desenvolver no local, como “o alargamento do Programa Aldeia Segura” às zonas de Quinta da Glória, Quinta das Asseadas e Quinta do Anjo. Mas também apontou ao Projecto “Serra Segura”, em fase de candidatura, e à instalação de novos marcos de incêndio.

Respostas aos danos

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E quanto a medidas para a estabilização de emergência, pós-incêndio, o município prevê “a recuperação de infra-estruturas afectadas; o controlo da erosão, tratamento e protecção de encostas; a prevenção da contaminação e assoreamento e recuperação de linhas de água, e a diminuição da perda de biodiversidade”.

Para já, no que toca a despesas directas provocadas pelo fogo as contas estão feitas. De acordo com os números da autarquia, “a remoção e abate de árvores na área ardida e reabilitação de caminhos florestais (pós-incêndio) ascendeu a 158.000 €”. Porém, “estão ainda por apurar os valores relativos aos trabalhos a orçamentar/desenvolver na sequência da visita técnica com o ICNF e o grupo de trabalho municipal”.

Já “as acções de limpeza de terrenos e limpeza e manutenção de bermas e caminhos florestais, pré-incêndio” têm um custo estimado de “48.747 €”.

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Em “despesas indirectas, alimentação e tratamento de animais, recolha de entulhos e substituição de equipamentos danificados” o valor “ascende a 4.522 €”.

De resto, o município garante estar “a trabalhar, diariamente e de forma transversal, na resposta aos danos infligidos pelo incêndio, quer no campo técnico quer nas diligências políticas junto das diversas entidades”. O objectivo é despertar atenções para “a gravidade da situação e a necessidade de um olhar específico para o território”, não obstante a autarquia reconhecer que a área ardida é “inferior ao limite legalmente definido para a declaração de calamidade”.

A iniciativa contou com a colaboração de alguns especialistas, entre os quais Carlos Frescata, residente na região. A Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA) também se fez representar.

O próximo balanço e avaliação às medidas implementadas, a realizar entre o município e a população, ficou agendada para 25 de Novembro próximo.

Trabalhos Limpeza e identificação de prejuízos em curso

O impacto do fogo tem motivado a execução de trabalhos, que continuam a ser desenvolvidos. Segundo a autarquia, “está em curso a limpeza de caminhos e bermas, a remoção de entulhos e detritos e a reparação de vedações e portões”. E “a identificação dos prejuízos, nomeadamente, bem patrimoniais e agrícolas”, encontra-se igualmente a decorrer. O município lembra ainda que foi prestado “apoio na alimentação e abeberamento de animais”, além de terem sido já “realizados diversos atendimentos a proprietários e outras entidades afectadas pelo incêndio”.

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