Afluência popular “superou as expectativas”, diz Álvaro Amaro à entrada para o último dia das comemorações
A 59ª edição da Festa das Vindimas termina hoje e as expectativas foram superadas. Com o regresso ao formato habitual, após dois anos de adaptações devido à pandemia da covid-19, o balanço ao evento é “bastante positivo” aos olhos de Álvaro Balseiro Amaro, presidente da Câmara Municipal de Palmela.
De acordo com o autarca, “a festa registou uma das maiores enchentes dos últimos anos, mesmo quando comparada a anos anteriores à pandemia”. “As pessoas estavam ansiosas por estes momentos de celebração e reencontro. Vemos muita gente na rua a celebrar, a conviver e a apreciar os espectáculos”, afirmou o edil de Palmela a O SETUBALENSE
Álvaro Amaro salienta ainda a “coragem e ousadia” da associação da Festa de Palmela na realização do evento pós-pandemia, que contou com um orçamento a rondar os 300 mil euros. “A associação teve a coragem e a ousadia de apostar forte naquilo que é identitário, apesar das dificuldades da pandemia . Tem feito um trabalho excelente, com uma programação ecléctica, mas que tem sempre presente o que é fundamental: a tradição.”
Apesar das dificuldades apontadas para a realização do evento, André Cabica, presidente da associação, acredita que esta tem conseguido “estar à altura” na organização de uma festa que conta com “milhares de visitantes todos os anos”. Também Álvaro Amaro fez referência ao “desafio que é garantir a segurança e o controlo dos acessos” numa festividade desta dimensão.
Momentos tradicionais são imagem de marca
Num evento que ocorre desde 1963, Álvaro Amaro acredita que são os momentos tradicionais que “distinguem esta de todas as outras festas”.
“Ninguém tem um Cortejo dos Camponeses, a Bênção do 1º Mosto ou o apuramento do grau anunciado à população que promete vinhos de grande qualidade. São estes os momentos mais emblemáticos e simbólicos que atraem milhares de todo o País à vila de Palmela”, afirma o presidente da Câmara, garantindo ainda que não tem memória, “nos últimos 15 anos, de ver tanta gente na festa a um domingo de manhã”.
André Cabica partilha da mesma opinião e, em entrevista concedida a O SETUBALENSE no período anterior ao evento, salientou que “a Festa de Palmela tem um conceito enraizado” que segue com rigor há muitos anos.
Nos seis dias que compuseram a maior festa da vila de Palmela, muitos foram os espectáculos e momentos simbólicos a que a população pôde assistir. Além do tradicional Cortejo dos Camponeses, da Pisa e Bênção do 1º Mosto e do Cortejo das Vindimas, as festividades contaram com a participação da Sociedade Filarmónica Palmelense ‘Loureiros’, que convidou os One Vision para uma actuação no Largo S. João na passada sexta-feira.
No dia seguinte, o concerto de Bateu Matou também animou o largo. Da programação destacou-se e ainda a Missa de Acção de Graças, que ocorreu no domingo ao meio-dia, e a actuação de Maninho, que fechou a noite no palco principal.
Para hoje, espera-se, às 23h00, o Cortejo das Vindimas com os concertos de Rosinha e Miguel Azevedo a encerrarem o certame.