Director técnico do Festival Internacional de Teatro de Setúbal, João Chicó afirma sentir-se “livre e muito bem naquilo que faz”
Com 42 anos, João Chicó trabalha há 22 nos bastidores do 1º Pavilhão Atlântico e é director do maior Festival de Teatro Anual Académico de Lisboa. No entanto, foi pelo seu cargo como director técnico do Festival de Teatro de Setúbal que O SETUBALENSE o entrevistou.
Nas últimas semanas, o produtor assumiu a responsabilidade de todos os espaços onde se realizaram os espectáculos do festival. “O meu papel passa por garantir a segurança de todos os artistas, criadores e espectadores. Sou eu quem faz a supervisão de todas as instalações”, afirma.
A preparação para o evento começou em Junho com a reunião com o director do festival, José Maria Dias, e, depois, com cada grupo de teatro. “Os grupos enviam a sua candidatura para fazerem parte do festival, bem como um raider técnico, que consiste numa lista e um desenho de todo o material que necessitam para trabalhar. É suposto que cada candidato especifique também as suas necessidades relativas à carpintaria de cena, ao cenário, aos efeitos especiais e à sonoplastia”, explica o produtor. Nas vésperas da entrada em cena é feita a montagem e os ensaios com todos os técnicos de grupo e respectivas companhias.
Com passagem pelo Chapitô e pelos Artistas Unidos, João Chicó descreve-se como “um aglutinador da criatividade dos colectivos e um engenheiro de sonhos alheios”. Neste momento trabalha como freelancer e afirma sentir-se “muito bem” naquilo que faz. “Sou um humanista. A minha profissão é feita por pessoas e para pessoas”, conclui.
Observação de Teatro:
José Gil – Professor Adjunto de Teatro da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal Ator e Encenador
Maria Simas – Actriz do Teatro do Politécnico IPS e Mestranda