Projecto “Zbigens” aposta em dinâmicas participativas colectivas para fazer acontecer

Projecto “Zbigens” aposta em dinâmicas participativas colectivas para fazer acontecer

Projecto “Zbigens” aposta em dinâmicas participativas colectivas para fazer acontecer

Destinado a jovens sesimbrenses dos 16 aos 35 anos, o conceito visa criar um espaço de participação, mostrar caminhos e promover iniciativas “interessantes, novas e pertinentes”

 

Para que o trabalho da Câmara Municipal de Sesimbra no âmbito da juventude se adeque à realidade dos jovens do concelho, “é fundamental disponibilizar espaços e momentos que os encorajem a participar, a pronunciar-se sobre as suas ideias, aspirações, preferências, necessidades e preocupações, e que os impulsionem na construção daquilo que querem ver acontecer”. Com esta missão nasce o “Zbigens” – Fórum Local de Juventude, destinado a jovens do concelho de Sesimbra com idades compreendidas entre os 16 e os 35 anos.

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João Proença, do Gabinete de Juventude do município sesimbrense, começa por lembrar que no início a ideia passava por “ter um momento onde a juventude se junta para conversar e construir algo mais participativo. Dinâmicas participativas geram depois uma maior receptividade por nascerem na cabeça de um colectivo que pensa em conjunto”.

Atendendo às regras definidas para criar um Conselho Municipal de Juventude, em Sesimbra só poderiam participar associações inscritas no Registo Nacional de Associações Juvenis (RNAJ), “o que equivale aos Escuteiros, ao Surf Clube de Sesimbra e às juventudes partidárias. Sentimos que não era representativo da nossa juventude. Quando olhamos para esta faixa etária, a esmagadora maioria está associada informalmente em bandas, grupos, tribos”, considera. “Decidimos, por isso, criar um novo conceito, porque se perguntarmos a um jovem de 18 anos se quer participar no fórum local de juventude e ele quiser provavelmente será uma pessoa pouco interessante”, continua.

Surge, a partir daqui, o conceito “Zbigens”, nome que “sentimos como o certo e irreverente o suficiente para marcar a atitude que queremos para o projecto. Usávamos a expressão para quando não sabíamos ou não nos conseguíamos lembrar do nome de algo e percebemos que podia ser interessante o facto de o nome não querer dizer absolutamente nada. Entre nós o nome acabou por ficar e as pessoas gostaram”.

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Foi feito o convite à comunidade jovem com quem estabeleciam contactos e o primeiro encontro realizou-se, em 2017, na vila de Sesimbra. Nesse fórum, foi possível perceber a existência de “tribos muito diversificadas, desde os jovens universitários ao que fazem surf, os músicos, actores, artistas, entre outros” e aumentou ainda mais a vontade de reunir e criar em colectivo. De acordo com João Proença, “os projectos dependem das pessoas e do que querem fazer, sem ideias pré-concebidas”. Em 2019, resultado da conjugação de todos estes factores, o Festival Zbigens deu vida e cor ao Parque Augusto Pólvora, na Maçã, sendo um dos principais marcos da actividade do grupo até ao momento.

Criar um novo grupo na Quinta do Conde é objectivo deste ano

Maciel Santos, a participar nestes encontros desde o primeiro momento, destaca a manifestação de “vontades, experiências e necessidades sentidas pelos jovens do concelho” e por isso “considerámos importante formar um grupo mais pequeno para organizar ideias e uma das primeiras foi a criação do festival”. Fez parte desse grupo, a par de Sara Pereira, que integra igualmente a actual direcção do Grémio, em que pensaram, entre outros assuntos, sobre o formato do evento e que temas devia erguer como bandeira, passando pela sustentabilidade, ambiente, inclusão social e inclusão pela mobilidade reduzida.

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“O ‘Zbigens’ tem também esse papel de criar situações novas, colocar diferentes vertentes artísticas a interagir em palco. O feedback foi muito positivo e claro que nos dá vontade de continuar”, dizem, reforçando a importância de esclarecer que “Zbigens” não é apenas um festival: “é uma espécie de entidade jovem com vontade de promover iniciativas interessantes, novas e pertinentes, que ajudem a fazer acontecer coisas que não existem e das quais os jovens sentem necessidade”.

Este ano, os elementos do grupo voltaram a encontrar-se presencialmente. Nas palavras dos três, “estivemos a partir pedra sobre o que tínhamos vontade de fazer e este ano vamos avançar com a criação do grupo ‘Zbigens’ na Quinta do Conde. São dinâmicas distintas, territórios diferentes e pessoas que do ponto de vista social e colectivo têm maturidades diferentes”.

O lançamento do projecto na freguesia quintacondense está marcado para 17 e 18 de Setembro e espera-se “que sejam dois dias em que os jovens gostem de participar, conhecer novas pessoas e fiquem com vontade para trabalhar e alavancar coisas novas”. Uma ideia com a assinatura “Zbigens” pode concretizar-se de mil maneiras diferentes e no entender dos três “a Quinta do Conde está a precisar muito disso. Para além de alimentar perspectivas que possam existir, vamos levar este nosso espírito, que ajuda a abrir portas a novas formas de abordar acontecimentos que às vezes podem parecer grandes problemas, mas com criatividade e união é possível fazer algo brutal”.

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