Patrícia Dias: A campeã de judo que ficou na modalidade por vergonha de dizer que não gostava

Patrícia Dias: A campeã de judo que ficou na modalidade por vergonha de dizer que não gostava

Patrícia Dias: A campeã de judo que ficou na modalidade por vergonha de dizer que não gostava

Jovem do Pragal, de apenas 14 anos, já foi Campeã Nacional de juvenis e cadetes e é Vice-Campeã Nacional de juniores

 

Patrícia Dias é um nome de futuro a ter em conta no panorama do judo nacional. Com apenas 14 anos, a jovem atleta do Judo Clube Pragal conta já com um currículo digno de nota. É atualmente Vice-Campeã nacional de juniores e Campeã Nacional de Cadetes no seu escalão (-70kg). No ano passado foi Campeã Nacional de Juvenis, e conquistou ainda o primeiro lugar em torneios internacionais, nomeadamente a Copa de Espanha de Avilés e o Torneio Feminino de Cadetes da Cidade de Eibar (ambos em Espanha).

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Curiosamente, o judo não foi um amor à primeira vista. “Lembro-me que fiz a primeira aula e não gostei, mas já tinha experimentado outros desportos e tinha vergonha de dizer que não tinha gostado outra vez. Acabei por ficar e foi uma coisa que aprendi a gostar ao longo do tempo” revela a jovem, realçando ainda o papel da família, especificamente do pai, que sempre deu importância à prática desportiva e a incentivou.

A jovem treina todos os dias, numa rotina dividida entre os estudos e o desporto: “Quando tenho aulas à tarde faço treino de manhã e depois vou para o centro de estudos. À hora de almoço vou para a escola, e depois quando saio volto outra vez para o clube. No caso deste ano (o 9º), como tinha aulas de manhã ia para a escola, depois ia ao centro de estudos da parte da tarde, e só ao fim da tarde é que conseguia vir treinar”.

Patrícia diz ter sempre o apoio do centro de estudos, que acaba por funcionar como um ponto de equilíbrio importante no conciliar da escola com o judo.

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O apoio dos pais é igualmente importante. “Precisamos sempre do apoio deles, para assinar autorizações para poder competir, ou para ter as coisas que são necessárias para as provas, como por exemplo comprar equipamento. E até pelo próprio apoio moral, acaba sempre por ser importante”.

O encargo financeiro é, com efeito, uma realidade algo ignorada, mas altamente importante quando se fala da prática desportiva. Aqui, os pais de qualquer jovem atleta assumem um papel preponderante, e os de Patrícia não são excepção. “Onde se gasta mais dinheiro, no judo, acaba por ser nos fatos, que são de facto muito caros. Depois também há as provas – por exemplo, se quiser ir para fora, e não sou convocada pela seleção, tenho de pagar as despesas. Esse tipo de coisas faz com que seja um desporto caro, na minha opinião.“, explica.

Além das provas nacionais, também lá fora a judoca tem-se destacado e conquistado algum reconhecimento, tendo, no ano passado, vencido a Copa de Espanha de Avilés e o Torneio Feminino de Cadetes da Cidade de Eibar, além de conquistar um 2º lugar na Copa de Espanha de Cadetes de Pamplona e um 3º lugar na Copa de Espanha de Juniores.

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Questionada sobre o momento mais feliz do seu percurso desportivo até ao momento, destaca as vitórias no Campeonato Nacional de Juvenis e de Cadetes. “Depois, as provas no estrangeiro também foram momentos felizes, e acho que são momentos importantes para a minha evolução”, partilha a jovem judoca.

Patrícia completa 15 anos em Dezembro deste ano. Dada a sua tenra idade, não é de estranhar que tenha objetivos e aspirações. Quando questionada sobre eles, a resposta é perentória: “Quero levar o judo o mais longe que conseguir”. O judo é mesmo uma prioridade na sua vida, e a determinação em chegar o mais longe possível estende-se também à vida fora do desporto. “Em termos de profissões, quero fazer alguma coisa que me permita conciliar com o judo, mas o judo é sem dúvida uma coisa que quero levar para a vida”. E qual é a profissão que gostava de seguir? “Gostava de ser inspetora de criminologia”, conclui.

 

Patrícia Dias à queima-roupa

Idade 14 anos

Naturalidade Pragal, Almada

Residência Almada, Portugal

Modalidade Judo

Reconhecida no seu escalão a nível nacional e internacional, quer levar o judo o mais longe possível, e no futuro espera conciliar a sua vida profissional com a prática desportiva.

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