Catarina Santos: A futura psicóloga que embarcou na aventura de criar uma marca de biquínis

Catarina Santos: A futura psicóloga que embarcou na aventura de criar uma marca de biquínis

Catarina Santos: A futura psicóloga que embarcou na aventura de criar uma marca de biquínis

Com apenas 20 anos, juntou-se a uma amiga para criar um negócio onde as pessoas se podem sentir bem com o seu corpo

 

“É a roupa que deve vestir a pessoa e não a pessoa que tem de caber na roupa”. Foi com esta premissa que Catarina Santos embarcou no desafio de lançar uma marca de biquínis “para todos os corpos”. Em conjunto com Soraia Caramelo, sua grande amiga, a jovem estreou-se, com apenas 20 anos, no mundo do empreendedorismo.

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A aventura começou com um pedido da amiga, depois de Catarina decidir que afinal “enfermagem não era o que pensava” e apostar em Fevereiro último num curso de costura, enquanto Setembro não chega para começar a licenciatura em psicologia.

“A Soraia brincou a dizer que eu podia fazer uns biquínis para ela e para umas amigas. Eu disse que não sabia fazer algo tão complexo, mas que era giro ter alguém que fizesse por nós”, revela.

Começou assim a nascer a Sukha. “Íamo-nos encontrando, fomos desenhando os modelos e planeámos toda essa parte sozinhas. Arranjámos pessoas que fizessem os modelos e assim começou o projecto”.

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Como queriam lançar os biquínis ainda este ano, “aconteceu tudo muito rápido”. “Ficou muito giro, até porque eu e a Soraia não queríamos apenas mais uma marca de biquínis. Queríamos algo com muita qualidade, em que a pessoa pudesse escolher o tamanho que queria”, explica.

O desafio foi mesmo “encontrar alguém que fizesse o processo desta maneira”. “É difícil alguém fazer isto nestes termos, mas encontrámos uma senhora na Baixa de Setúbal e começámos logo com a produção. É tudo feito artesanalmente”, frisa.

Para já, a Sukha conta com uma colecção, a ‘Felicidade’, composta por “quatro modelos de biquínis e um de fato-de-banho”, mas apenas por encomenda. “Neste momento o stock acabou e, por isso, o que estamos a fazer é que as pessoas encomendam e damos o prazo de 14 dias úteis para a entrega”.

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Por ser “uma marca de inclusão”, a jovem garante que “os desenhos foram logo pensados para assentar em diferentes tipos de corpo”. “Por exemplo, temos o ‘Alma’, da cor terracota, que aperta em cima e tem aro. Para as pessoas que têm pouco peito achei que não ia ficar bem, mas na verdade fica, porque é ajustável”. Já o modelo ‘Confiança’, de cor preta, “tem a cueca de cintura mais subida, para pessoas que não se sintam tão confortáveis de biquíni”.

Disponível está também o ‘Destino’, de cor rosa fúcsia, enquanto o único modelo com padrões é o ‘Glória’. “Depois temos o azul, que é o fato-de-banho, com pormenores nas costas e que se aperta à frente. Temos também dois modelos de páreo e dois de malas de praia”.

Em apenas dois meses de negócio, diz estar “feliz com os resultados” obtidos. “O feedback tem sido muito bom. Já fabricámos por volta de 50 modelos e até agora não houve ninguém que não gostasse. Queremos que as pessoas se sintam mesmo bem com biquíni. Que todos se sentiam incluídos”.

Para o efeito, são disponibilizados modelos do XS ao XXL. “As pessoas dizem-nos as suas medidas e vemos que tamanho melhor se ajusta. Assim não há tanta probabilidade de não servir”.

Soraia com Catarina dá especial significado ao nome Sukha

O nome da marca surgiu “numa altura mais complicada, de desmotivação”. “Queríamos algo com significado e que noutra língua fosse uma palavra e que em português fosse algo importante”.

Foi assim que encontraram Sukha, “que significa felicidade genuína e duradoura, independentemente das circunstâncias”, sem ainda saberem que a palavra “é a junção perfeita entre Soraia e Catarina”. “Combina muito bem e achámos que fazia todo o sentido devido à situação que estávamos a passar”.

Da enfermagem à psicologia, com a costura pelo meio

Antes de ‘entrar de cabeça’ nesta aventura, Catarina esteve dois anos a tirar enfermagem, curso no qual conheceu a amiga Soraia, de 24 anos. No entanto, a determinada altura, diz ter-se apercebido que “não era exactamente o que estava à espera”.

“Desde sempre que sabia que queria para a área da saúde. Queria cuidar das pessoas. O curso inteiro, até à parte que fiz, correu super bem, até que comecei a sentir que não era aquilo que queria e decidi parar em Janeiro deste ano”, conta.

Como não havia tido a oportunidade de “ver outras áreas”, uma vez que “já esta certa” que o seu futuro seria na enfermagem, decidiu voltar a fazer testes psicotécnicos, com os quais descobriu “que psicologia é mesmo aquilo” que quer seguir.

“Voltei a candidatar-me, entrei e vou começar no próximo ano lectivo, mas até lá quis perceber que outras coisas gostava de fazer. Como sempre gostei de costura, aproveitei que os meus pais me deram uma máquina no último Natal e fui tirar um curso de costura”. E o resto é história.

Com uma nova etapa a chegar em Setembro, a determinada jovem diz ter “noção de que vai ser necessário dividir bem o tempo”. “Vou ter de me orientar muito bem e isso vai requerer muita energia, mas sei que vai correr bem”, garante.

Até lá, vai manter-se “na parte de trás do processo, ou seja, na parte da organização, controlo de qualidade e envio dos modelos”, sendo também este “o papel da Soraia no projecto”. “Como queremos grande qualidade, o processo requer muito trabalho, mas tentamos dividir as tarefas”.

A nível pessoal, a jovem não se quer ficar pela licenciatura. “Gostava de tirar mais algum curso na área da costura, de tirar um mestrado e, enquanto futura psicológica, tenho a ambição de ter um consultório próprio. Quero muito investir na minha área pessoal, a nível da psicologia, mas também manter a Sukha”.

 

Catarina Santos à queima-roupa

Idade 20 anos

Naturalidade Setúbal

Residência Setúbal

Área Psicologia e costura

Diz-se determinada e assim aparenta ser, ao ter consigo colocar de pé uma marca que se distingue pela inclusão

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