Concertos começaram esta noite, com dose reforçada, e até domingo há ainda 39 projectos para ver e ouvir
Porto Covo despediu-se na madrugada de segunda-feira do Festival Músicas do Mundo, depois de três dias de “descoberta”, com doze projectos musicais a subir ao palco, que “se muda” durante toda esta semana para Sines, com intensificação de concertos nas noites de segunda e terça-feira.
Fins de tarde com sol, embora com algum vento, “música agradável” e “diversificada” fizeram “muita gente feliz”, durante os três dias de Festival Músicas do Mundo (FMM) na aldeia turística de Porto Covo, no concelho de Sines, disse à agência Lusa o programador do festival, Carlos Seixas, satisfeito com o fim-de-semana de concertos.
Além do “ambiente”, com um público “conhecedor” e “com vontade de conhecer”, Carlos Seixas destacou os projectos “interessantíssimos” que subiram ao palco de Porto Covo e que contribuíram para o sucesso dos primeiros três dias.
“Foram dias felizes na música que passou aqui, coisas interessantíssimas como Mohammad Reza Mortavazi (Irão), Leyla McCalla (EUA), Waldemar Bastos (Angola), João Afonso & Costa Neto (Moçambique/Portugal), Nessi Gomes (Reino Unido) e Bareto (Perú)”, exemplificou, com dificuldade em destacar alguns dos doze projectos que pisaram o palco alentejano.
Enquanto Carlos Seixas falava à agência Lusa, ainda durante o último concerto da noite, The Barberettesque começou depois das 00h00, o público dançava divertido ao som da banda sul-coreana, que se inspira nas décadas da música pop americana dos anos 50 e 60 do século passado.
Antes, tinha já passado pelo palco do FMM a lusodescendente Nessi Gomes, com um espectáculo emocionado com que se estreou em Portugal e em que apresentou o seu primeiro album, “Diamonds and Demons”, lançado no final de 2016.
A Orquestra Latinidade, um projecto lisboeta, que junta músicos portugueses, espanhóis, brasileiros, argentinos e italianos, e o Basel Rajoub Trio (Síria/Itália/Áustria) subiram também ao palco na última noite do festival em Porto Covo.
O FMM arrancou esta noite em Sines, com cinco concertos, o que representa um maior número de espectáculos, em relação a edições anteriores, nos primeiros dias de volta à cidade de Vasco da Gama.
“Há uma intensificação de concertos nestes dois dias que seriam geralmente uma pequena quebra”, destacou Carlos Seixas, que justifica a opção de acrescentar mais espectáculos com o facto de haver “cada vez mais pessoas que estão todos os dias no festival”, além de também possibilitar que o “público se possa distribuir mais” e tenha “mais opções de escolha”.
Os concertos desta noite foram Cantos de Cego da Galiza e Portugal (Espanha/Portugal), Mike Love (EUA), Makely Ka (Brasil) e Coladera (Brasil/ Portugal/Cabo Verde).
Até domingo há ainda 39 projectos musicais para ver nos vários palcos da cidade, entre o Pátio das Artes, o Centro de Artes de Sines, o Largo Poeta Bocage, a avenida Vasco da Gama e o Castelo.
Paralelamente ao programa de concertos, há actividades previstas no programa, para pequenos e graúdos, com ateliês com músicos, exposições, conversas com escritores e feira do disco, do livro e de artesanato.