PS sugere painéis fotovoltaicos no edifício da Câmara, e Joaquim Santos contrapôs com injecção pioneira de hidrogénio verde
A Câmara do Seixal não escapa aos aumentos dos custos de electricidade verificados em todo o País. “O município não é excepção”, disse o presidente da Câmara Municipal, Joaquim Santos, (CDU) na reunião pública da passada quarta-feira, onde deu a saber do peso desta carga financeira nas contas municipais.
Segundo o autarca, em causa está um “aumento de praticamente 925 mil euros em consumo de energia de baixa-média tensão” e “um milhão e 600 mil euros em iluminação pública”, o que se traduz numa despesa de “dois milhões de euros” no orçamento camarário.
Para o vereador socialista Nuno Moreira, a solução passa por tornar o município independente no que diz respeito à produção de electricidade e acusou o executivo comunista de “não tomar iniciativa” para resolver a situação.
“O edifício da Câmara Municipal do Seixal ainda não tem painéis fotovoltaicos e temos uma área óptima para produzir energia. Já podíamos ter um grande selo de produção, mas estamos atrasados nestas questões”, criticou.
Joaquim Santos contrapôs, afirmando que o município se prepara para receber o projecto “Green Pipeline Project”, uma injecção pioneira de hidrogénio verde de quatro megawatts na rede de gás. “Vai colocar-nos na linha da frente na produção de energia verde em Portugal”, frisou o presidente da Câmara.
‘Splash Seixal’ tem um custo para a autarquia de 244 mil euros
A reunião ficou ainda marcada pela discussão relativa ao aumento dos custos relacionados com o parque aquático ‘Splash Seixal’, a funcionar até 4 de Setembro, no Cais Fluvial do município.
A vereadora socialista Elisabete Adrião mostrou-se indignada pelo valor de 244 mil euros pago em ajustes directos à empresa de comunicação responsável pelos serviços de publicidade e instalação dos equipamentos do parque aquático, justificando ter sofrido um aumento de 102 mil euros, relativamente ao ano passado.
A autarca referiu tratar-se de uma “utilização abusiva dos dinheiros públicos” e acrescentou: “Se não conhecesse o orçamento e gestão da autarquia, diria que estamos perante uma Câmara rica”.
Joaquim Santos justificou o investimento como uma forma de “dinamizar a actividade económica” do município e no que diz respeito ao aumento do valor esclareceu que “o ano passado não houve ‘Splash Seixal’”, mas sim “Verão no Parque”, uma iniciativa de dimensão mais reduzida. “Temos de comparar o que é comparável”, frisou.