28 Junho 2024, Sexta-feira

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Serviço Carris Metropolitana transporta revolta e tristeza pelas cinco freguesias de Almada

Serviço Carris Metropolitana transporta revolta e tristeza pelas cinco freguesias de Almada

Serviço Carris Metropolitana transporta revolta e tristeza pelas cinco freguesias de Almada

Há horários que não são cumpridos, carreiras que falham e outras que, apesar de estruturantes nem estão ainda a percorrer as estradas

O novo sistema de transportes rodoviários prestado pela Transportes Sul do Tejo (TST) no concelho de Almada não agrada à população nem aos autarcas, e nem à Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), empresa responsável pelo contrato e co-gestão com os municípios da Carris Metropolitana. Para a presidente da Câmara Municipal, Inês de Medeiros, o sentimento é de revolta e tristeza.

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Há horários que não são cumpridos, carreiras que falham e outras que, apesar de estruturantesnem estão ainda a percorrer as estradas. O próprio mapa da rede, que deveria acrescentar percursos aos que antes existiam, foi amputado e, por exemplo, carreiras que ligavam aos barcos da Transtejo, nem a Cacilhas agora chegam.

“Todos esperávamos que seria necessário fazer ajustes na nova operação, mas assim tantos era inesperado e incompreensível”, comentou Inês de Medeiros após a quinta e última sessão de esclarecimento à população, que decorreu no edifício do poder local do Laranjeiro/Feijó; isto em jeito de balanço dos encontros que começaram na Trafaria, passaram pela Costa de Caparica, Charneca de Caparica e Almada.

Ao mesmo tempo que diz que a participação da população tem sido fundamental para transmitir aos autarcas e TML uma radiografia do serviço que está a ser feito pela TST no concelho, também aponta o dedo à operadora rodoviária que, durante cerca de 40 anos, transportou a população no concelho.

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“Um operador que conhece as dinâmicas de movimentação dos utentes esteve de má-fé” quando, na altura de serem propostas carreiras, “não indicou que alguns horários que foram retirados do actual mapa de rede tinham grande afluência”. E a presidente aponta o caso da ligação rodoviária a Porto Brandão em que “uma das carreiras que era feita bastante cedo deixou de se fazer, e passou também a existir um interregno de duas horas sem autocarro”, isto numa localidade que apenas tem uma rua de acesso.

Aliás, entre os vários problemas que se colocam com o novo serviço, um deles é terem deixado de existir carreiras que serviam quem tem horários de trabalho muito cedo, e outras à noite que transportavam, por exemplo, quem trabalha por turnos.

Com a TST a alegar junto da autarquia e da TML ter problemas de falta de motoristas, ambas as entidades mostram descontentamento por a empresa rodoviária não ter avisado sobre estes problemas atempadamente. “Só recebemos os horários 4 dias antes da operação começar (1 de Julho), diz Rui Lopo, da administração da TML”.

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Conforme decorreram sessões de esclarecimento com a população em cada localidade, foram detectados vários problemas de cobertura, falta de horários e frequências, e alguns deles entretanto corrigidos. Outro desagrado de Inês de Medeiros é que essas correcções “existiram durante uns dias, mas depois deixaram de ser feitas”, outro caso foi a TST ter “garantido” carreiras estruturantes; mas que “não existem”.

São várias questões transmitidas pelos utentes. “Não existe outra maneira de o saber”, revela Rui Lopo. Segundo este responsável, a operadora deveria ter instalado um sistema informatizado de comunicação com a TML para transmitir o posicionamento de cada autocarro a cada momento. “Estão em incumprimento”, afirma: “talvez no fim deste mês esteja a funcionar”, acredita.

Esta terça-feira, na sessão de esclarecimento, foi notório o descontentamento da população e, tal como tem acontecido noutras sessões, a falta de transportes públicas tem levado alguns munícipes a recearem pelos seus empregos por não conseguirem cumprir com horários de trabalho. “A mobilidade social é um direito do povo”, dizia uma residente no Feijó, enquanto outro munícipe manifestava: “Não acredito que a situação esteja resolvida antes de 2023”.

Antes, já Inês de Medeiros, tinha afirmado: “Estamos revoltados, tristes. Foram três anos de trabalho com base em estudos de mobilidade”; mas por enquanto “nenhum dos envolvidos se revê no que está a acontecer”, acrescentou Rui Lopo, que chegou a pedir “desculpa” aos utentes por parte da TML.

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