28 Junho 2024, Sexta-feira

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Carris Metropolitana acusada de atrasar vida da população na Trafaria e Caparica e colocar empregos em risco

Carris Metropolitana acusada de atrasar vida da população na Trafaria e Caparica e colocar empregos em risco

Carris Metropolitana acusada de atrasar vida da população na Trafaria e Caparica e colocar empregos em risco

Estão a decorrer sessões de esclarecimento em todas as freguesias para ouvir as queixas da população

A Câmara de Almada e autarcas de freguesia, em conjunto com a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), estão a realizar em todas as freguesias do concelho sessões de esclarecimento à população sobre a situação da nova rede de transportes rodoviários. A primeira decorreu na terça-feira no edifício da Junta de Freguesia da Trafaria, onde esteve também a presidente União, que abrange também a Caparica, Sandra Chaiça, e foram várias as críticas ouvidas.

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Ontem a sessão foi na Freguesia da Costa da Caparica, hoje o encontro é na sede da União de freguesias da Charneca Caparica e Sobreda, sexta-feira a sessão é no Forum Romeu Correia sobre a União de freguesias Almada, Pragal, Cova Piedade e Cacilhas e a última na terça-feira, 26 de Julho na sede da União de freguesias Laranjeiro e Feijó.

Na sessão inaugural numa sala cheia na junta da Trafaria, onde mal cabia a centena de utentes dos transportes públicos rodoviários, e agora da Carris Metropolitana, que estiveram presentes, foram três dezenas aqueles que intervieram, questionaram e deixaram muitas queixas, algumas delas dirigidas ao operador do serviço na área 3 (que abrange os concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra) Transportes Sul do Tejo (TST).

As repostas vieram essencialmente da parte de Rui Lopo, da administração da TML e da presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, uma vez que a TST não esteve representada. “A TST é um prestador de serviços, operacionalizando uma oferta concebida pelas Autoridade de Transportes e pelas câmaras municipais da área 3”, responde a empresa rodoviária a O SETUBALENSE.

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José Pedro Rodrigues, vereador da Mobilidade da Câmara de Almada, abriu, da sua parte, a sessão pública na Trafaria a afirmar que “têm sido identificados e resolvidos alguns problemas na rede de transportes por parte da TML”, e fez questão de afirmar que o serviço da Carris Metropolitana que começou a 1 de Julho em Almada, e que tem sido ajustado, “não é a rede que a Câmara de Almada quer, não é a que a população quer e não é também a que a TML quer”. Por isso defende: “É urgente implementar uma solução”.

Por sua vez Rui Lopo apontou que se a população se queixa “é porque tem razão”. E as queixas vão desde a “falta de articulação entre os horários dos autocarros e os barcos em Porto Brandão e Trafaria”, carreiras que tiveram o percurso alterado e “deixaram de servir a população”, outras que tiveram o “percurso encurtado”, e ainda o “não cumprimento de horários”. A consequência mais grave apontada pelos presentes sobre este ‘reboliço’ da operação da Carris Metropolitana na zona de Trafaria, Porto Brandão e Caparica foi perder o emprego devido à falta de transportes. “O meu patrão é compreensivo, mas já me disse que os atrasos não podem continuar por muito mais tempo”, queixou-se uma utente.

Sobre as várias razões apontadas como possíveis para o não cumprimento da rede, uma delas foi por a TST ter “falta de recursos humanos”, explicou o responsável da TML. E sobre isto observa a operadora em resposta a O SETUBALENSE que “a activação da totalidade das linhas da área 3 será feita de forma gradual, tendo o seu planeamento sido definido em conjunto com a Autoridade de Transportes e as câmaras municipais”, por sua vez a lacuna de recursos humanos “é uma realidade transversal a todo o sector”.

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Existam que razões existirem, a presidente de Câmara de Almada já disse não aceitar que com o novo serviço rodoviário, a mobilidade no concelho fique pior do que estava. “A prioridade é as pessoas terem transporte público e não terem de usar o carro [ou táxi ou Uber] porque não terem autocarro. É preciso não só que sejam reforçadas as carreiras existentes antes da Carris Metropolitana, como acrescentar novas carreiras. O serviço tem de ser efectuado tal como foi contratualizado”, disse Inês de Medeiros que vincou ainda que a Câmara vai acompanhar a situação.

E da parte dos TST é dada a garantia que “enquanto prestador de serviços, está a operacionalizar a oferta aprovada pela autoridade e pelas câmaras municipais”.

 Carreiras ajustadas e reforçadas

Entretanto na sessão na Trafaria os utentes ficaram a saber que já foram feitas alterações ao contratualizado, ajustando as carreiras à necessidades das pessoas, assim, a partir de 25 de Julho, as linhas 3021 e 3030 passam a ir novamente à Torre das Argolas, e as linhas 3009 e 3014 voltam a passar pelos Bairros no Monte da Caparica.

A partir de 1 de Agosto, a linha 3030 passa a ter mais 45 ligações articuladas com os barcos na Trafaria, a linha 3507 passa a servir os Bairros do Monte da Caparica.

A partir de 8 de Agosto, entra em funcionamento a nova linha 3504, a antiga 197, e a partir de 22 de Agosto, a linha 3022 regressa a Cacilhas.

Ontem, na sessão na Freguesia na Costa da Caparica vão também existir alterações às carreiras. A partir de 25 de Julho, a linha 3011 volta a passar a Torre das Argolas, juntando-se assim às linhas 3021 e 3030. A linha 3030 volta a circular pela Avenida D. Sebastião em vez da Avenida General Humberto Delgado.

A partir de 1 de Agosto, a linha 3022 terá um aumento de circulações semelhante à antiga 124, e a partir de 22 de Agosto a linha 3022 regressa a Cacilhas.

 

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