Durante este fim de semana, a Quinta do Conde, no concelho de Sesimbra, recebeu mais uma edição do Festival Liberdade.
Entre música, mostra associativa, artes, desporto, debates e vários momentos de animação ao longo do recinto, este ano envolveu cerca de 500 jovens e uma centena de projectos na sua organização.
Na noite de sábado, lotou-se o recinto para assistir ao concerto de Pista, Linda Martini e Dino D’Santiago, que desceu do palco para cantar e dançar entre a multidão, partilhando com o público um novo tema que só sairá para a semana. Branko actuou de seguida, fechando a programação desta oitava edição do festival onde a juventude da região de Setúbal é rainha.
Para além do Palco Liberdade, onde aconteceram os maiores concertos do festival, existiram mais palcos e outros espaços com atracções para todos os gostos. Na Tenda da Juventude existiu uma grande variedade de actuações, existindo espaço para danças de sevilhanas, poesia, passando ainda por vários tipos de música. No Palco Igualdade a variedade musical ia desde o hip hop, dancehall e reggae, com o house a fechar a noite, sendo que foi neste espaço que se podia sentir mais intimidade entre o público e os artistas, devido ao pequeno espaço que os separava.
O Palco Paz foi o segundo maior palco deste festival, estando guardado mais para as bandas de rock, sendo que este género musical não foi o único a passar por este palco, existindo também uma surpresa no último dia, com uma actuação de samba neste mesmo espaço. Todas as bandas e artistas que passaram por estes palcos são originários dos concelhos pertencentes a Setúbal, uma vez que o Festival da Liberdade tem como objectivo divulgar os jovens talentos do seu distrito.
“Um festival para o qual não há paralelo no nosso país”
No primeiro dia, depois da realização da habitual visita institucional ao recinto do festival, desta vez ao local onde se realiza habitualmente a Feira da Festa da Quinta do Conde, na Rua Sacadura Cabral, os presidentes da Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), André Martins, e da Câmara Municipal de Sesimbra, Francisco Jesus, foram entrevistados por Filipa Bento, da equipa da AMRS, numa conversa transmitida em vídeo nos ecrãs laterais do Palco Liberdade.
O presidente da Associação de Municípios, André Martins, começou por elogiar o trabalho dinamizado pelos jovens para depois garantir que “todos têm lugar neste projecto” e destacar a importância da existência da associação de municípios.
“É um privilégio sermos uma região onde temos a primeira associação de municípios deste país, que nasce depois do 25 de Abril, com a liberdade”, afirmou. “E por isso há que não esquecer a importância de uma associação de municípios e do que dela pode resultar e de que é exemplo este festival de e para a juventude”, continuou.
O presidente do município sesimbrense, por sua vez, justificou a escolha do sítio onde o evento se realiza: “quisemos trazer para a freguesia, que para além de ser uma freguesia jovem tem muitos jovens. Pela primeira vez recebemos no concelho de Sesimbra este festival que corre todo o distrito de Setúbal e é de juventude, de liberdade, de e para os jovens e para o qual não há paralelo no nosso país”.
Dando o projecto Zbigens enquanto exemplo de participação jovem em Sesimbra, Francisco Jesus elogiou a “consciência cívica” dos participantes e afirmou que “são estes os valores que queremos passar aos jovens. Sesimbra é terra de pesca e queremos que eles construam a sua cana de pesca e descubram o melhor lugar para pescar”.
Texto de Inês Antunes Malta e Tiago Jesus.
