27 Junho 2024, Quinta-feira

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Comissões de utentes exigem “medidas urgentes” que resolvam “problemas estruturais” do SNS

Comissões de utentes exigem “medidas urgentes” que resolvam “problemas estruturais” do SNS

Comissões de utentes exigem “medidas urgentes” que resolvam “problemas estruturais” do SNS

Representantes concentraram-se junto aos três hospitais da Península de Setúbal em defesa de um melhor acesso aos cuidados de saúde

 

As doze comissões e associações de utentes da Península de Setúbal exigem “medidas urgentes” que resolvam os “problemas estruturais” do Serviço Nacional de Saúde, ao mesmo tempo que consideram que as actuais “medidas de contingência apenas atenuam os efeitos, mas não a doença que o SNS padece”.

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Em carta aberta enviada ontem ao primeiro-ministro António Costa, e apresentada nas concentrações realizadas em simultâneo à entrada dos hospitais de Setúbal, Barreiro-Montijo e Almada, as comissões e associações de utentes dizem não conseguir “entender a constante negação do Governo em assumir o que está à vista de todos”.

“O dia de hoje [ontem] para a concretização das concentrações foi escolhido de forma simbólica, porque os problemas não são de agora. Existem há vários anos no SNS”, explicou a vice-presidente da Comissão Representativa dos Utentes dos Serviços Públicos de Saúde da Quinta do Conde a O SETUBALENSE.

Presente na acção realizada junto ao Hospital de São Bernardo, na qual participaram cerca de 30 pessoas, Emília Leite garantiu que “no caso de Setúbal é defendida a contratação de mais médicos e a realização das obras de ampliação, sendo que o problema ficaria resolvido com a construção de um hospital no Seixal, para servir os concelhos do Seixal e Sesimbra”.

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“É preciso tomar medidas e as medidas que a ministra [da Saúde] está a anunciar não vão resolver a situação. É apenas um paliativo”, referiu. Sobre o recurso a médicos tarefeiros, que trabalham à hora nas urgências dos hospitais, Francisco Vale, da Comissão de Utentes da Saúde do Pinhal Novo, disse tratar-se de “uma situação absurda porque o Estado gasta 542 milhões em três meses nestes profissionais, quando esse valor fixava os médicos necessários no SNS”.

“Nós não estamos contra os médicos. Pelo contrário, estamos ao seu lado. Mas quando os médicos manifestam-se e demitem-se e isso não resulta, tem de ser a população a ir para a rua para que sejam tomadas medidas reais e que resolvam os problemas”, sublinhou.

Além da contratação e fixação de profissionais de saúde no SNS, as comissões e associações de utentes pedem a “valorização das carreiras e das remunerações, a reimplementação do regime de dedicação exclusiva e o alargamento dos incentivos para a fixação de profissionais em áreas com carências”.

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Querem igualmente que seja feito um “investimento na modernização de instalações e equipamentos”, assim como defendem a “construção dos centros de saúde em falta na Península de Setúbal e do Hospital do Seixal, o alargamento do horário de atendimento dos centros de saúde e a abertura de pelo menos uma unidade em cada concelho”.

Na missiva dirigida a António Costa garantem igualmente repudiar “o processo de transferências de competências, considerando que o seu avanço choca com o direito constitucional e humano que os cidadãos têm no acesso à saúde”.

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