Centenas de munícipes revoltados com saída de carreiras do Terminal Rodoviário da Várzea

Centenas de munícipes revoltados com saída de carreiras do Terminal Rodoviário da Várzea

Centenas de munícipes revoltados com saída de carreiras do Terminal Rodoviário da Várzea

Utentes não concordam que carreiras rápidas de e para Lisboa passem apenas a integrar os percursos para o interior da cidade

 

Foram mais de 250 os munícipes que colocaram o nome no abaixo-assinado enviado segunda-feira à Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) contra a “saída das carreiras já existentes, em especial as carreiras 561 e 562, que fazem o circuito Lisboa/ Setúbal/Lisboa”, do Terminal Rodoviário da Várzea.

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“Sendo este local de fácil e rápido acesso e tendo já um número bastante elevado de passageiros, não se justifica tirarem a passagem das carreiras já existentes para deslocar os percursos para o interior da cidade”, refere o documento, a que O SETUBALENSE teve acesso.

Para os passageiros, “o ponto de saída” pode ser “no Interface, na Praça do Brasil, mas tendo passagem/ paragem pelo parque rodoviário da Várzea”, uma vez que “no interior da cidade não existe facilidade de estacionamento e não há parque de estacionamento gratuito”.

“Por essa razão e sendo da vontade dos passageiros que todos os dias se deslocam para vários pontos fora e dentro da cidade de Setúbal, devem ficar todas as paragens existentes no Parque da Várzea para tomada e recolha de passageiros”, considera a população.

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Além disso, reforçam no abaixo-assinado que “entre os primeiros e principais deveres dos poderes públicos está a garantia do bem-estar das populações e do ambiente, proporcionando serviços que coloquem estes objectivos acima de quaisquer outras considerações ou interesses”.

“Assim considerando que os poderes autárquicos não podem deixar de ter em conta o interesse colectivo da maioria da população que servem, este interesse pressupõe a satisfação do requisito fundamental da mobilidade de quem habita na cidade”.

Por este motivo, frisa o documento que “só esta medida elementar representará o dever de serviço público e de sustentabilidade e exclusividade que o deve caracterizar”, ao mesmo tempo que os assinantes solicitam à empresa “o máximo empenho para solucionar esta situação”.

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“Desde que foi inaugurado o novo parque rodoviário da Várzea, que se encontra na área limítrofe da cidade, que esta zona começou a ter uma maior dinâmica e de fácil acesso aos transportes públicos, havendo mais facilidade de estacionamento de transporte próprio para ligação à rede rodoviária para fora da cidade”.

O Terminal Rodoviário da Várzea foi contruído para substituir a antiga estação situada na Avenida 5 de Outubro, que se encontrava “em estado de degradação e estava já subdimensionada”, tendo sido inaugurado em Fevereiro do ano passado.

O SETUBALENSE apurou que a infra-estrutura, da Câmara Municipal de Setúbal, já não se encontra cedida à Transportes Sul do Tejo, operadora pertencente ao Grupo ARRIVA, que terminou a operação em Setúbal a 1 de Junho, dia em que arrancou o serviço da Carris Metropolitana.

Carris Metropolitana Motoristas voltaram a circular com condições antigas da TST

O transporte rodoviário de passageiros voltou ontem à antiga normalidade em Setúbal, com os motoristas a pegar ao serviço depois de a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) dar um período de 15 dias para que os profissionais possam continuar a trabalhar nas condições da TST e para que tenham formação.

“Hoje [ontem] está tudo normal porque nos estamos a reger pelos horários que eram da TST. Voltámos ao antigo porque não temos condições para arrancar com o novo serviço”, revelou um motorista, que prefere não ser identificado, a O SETUBALENSE.

Sobre o período disponibilizado pela TML, confessou considerar que “é impossível formar mais de 150 pessoas em apenas 15 dias”. “Agora é aguardarmos os 15 dias e vamos ver, mas não deveriam de ter dado um prazo porque as pessoas, chegado esse dia, vão cobrar aos motoristas o serviço”, acrescentou.

Os profissionais interromperam na passada segunda-feira o serviço de transporte rodoviário de passageiros por considerarem não ter “as condições necessárias para trabalhar”, ao “desconhecerem os novos percursos e horários e muita da informação considerada fundamental”.

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