Movimento associativo de Setúbal celebra dia nacional das colectividades

Movimento associativo de Setúbal celebra dia nacional das colectividades

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Encontro no Auditório Bocage debateu futuro do associativismo

 

O movimento associativo de Setúbal assinalou o Dia Nacional das Colectividades com um encontro que decorreu este sábado no Auditório Bocage, da Junta de Freguesia de São Sebastião, numa organização da Associação das Colectividades do Concelho de Setúbal (ACCSet).

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O presidente da Junta de São Sebastião destacou o trabalho de “grande proximidade” entre as autarquias e as colectividades e a importância destas nas áreas da cultura, desporto, recreio e cidadania. “As colectividades permitem que, na área da cultura, milhares de pessoas passem do lado do consumo para a produção”, recordando que muitos jovens têm nas associações a sua oportunidade de se estrearem como agentes culturais e considerando que “isso é determinante e transformador”.

Nuno Costa frisou também o papel das colectividades como “escolas da democracia”. Uma ideia aprofundada por vários outros participantes, como o vereador da Cultura da Câmara de Setúbal. Pedro Pina acrescentou que um “movimento associativo forte é uma garantia de que a democracia resiste” e que o apoio a este sector é um dos “eixos principais” que o executivo municipal definiu para o actual mandato.

O autarca expressou o “orgulho” do município nas mais de 250 colectividades do concelho.

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O movimento associativo, com expressão relevante em Portugal há mais de 200 anos vive, nos últimos anos, o acentuar de uma tendência do empirismo para o recurso à ciência, sublinhou o presidente da Confederação Nacional das Colectividades. Augusto Flor referiu que o actual ciclo da gestão associativa assenta na procura da formação e capacitação dos agentes do sector e que a confederação nacional tem procurado seguir um método científico que preocupa com fazer o diagnóstico da situação e planear antes de passar à acção.

O programa do encontro preencheu todo o dia de sábado, logo desde as 10 horas da manhã, e incluiu apresentação de dois livros – de Sérgio Pratas (ver caixa) e de “Associativismo Livre”, de Joana Dias Pereira -, de dois paines dedicados ao ontem, hoje e futuro do associativismo, com Carlos Mata, vice-presidente do IPS, Luís Santos, coordenador da Licenciatura em Animação Sociocultural da ESE, e Arlindo Dias, da ACCSet, e um painel sobre capacitação, com Augusto Flor.

A edição de livros tem sido uma área em que o movimento associativo tem contado com o apoio da Fundação Montepio, pelo que Carlos Beato, administrador desta instituição, presente no encontro, ouviu o agradecimento dos dirigentes das colectividades.

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“Quem tem que agradecer é a Fundação Montepio, pela oportunidade de ser útil”, retribuiu Carlos Beato, que sublinhou que o apoio social “está no ADN do Montepio desde 1840” e que “o movimento mutualista tem andado sempre de braço-dado com o associativismo”.

O militar de Abril e ex-autarca de Grândola enalteceu o papel das colectividades “na democracia renascida no 25 de Abril de 1974”.

A iniciativa, que juntou dezenas de dirigentes associativos, sobretudo da região mas também de fora, contou com a presença dos presidentes da Federação das Colectividades do Distrito de Setúbal, Diamantino Stanislau, da Junta de Freguesia do Montijo, Fernando Caria, enquanto representante da delegação distrital da ANAFRE, e da União de Freguesias de Setúbal, Rui Canas.

 

País tem quase 33 mil associações

Portugal conta com 32759 associações de cultura, recreio e desporto, que representam 46% das entidades sem fins lucrativos existentes em Portugal. Apesar do peso, as colectividades correspondem a apenas 5% do emprego total na área das organizações altruístas.

Os números são revelados no livro “Associações, Democracia e utopias reais – o caso das associações de Cultura, recreio e Desporto”, da autoria de Sérgio Pratas, que foi apresentado no encontro em Setúbal.

O autor destacou que esta quantidade nacional corresponde a 108 colectividades por concelho e a 11 por cada freguesia, o que mostra o “nível de proximidade e relação” destas instituições com a população.

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