5 Julho 2024, Sexta-feira

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Presidente executivo da Galp diz que refinaria de Setúbal vai ter de recorrer à importação de matéria-prima

Presidente executivo da Galp diz que refinaria de Setúbal vai ter de recorrer à importação de matéria-prima

Presidente executivo da Galp diz que refinaria de Setúbal vai ter de recorrer à importação de matéria-prima

Andy Brown explica que será necessário mandar vir minério do estrangeiro, mesmo que venha a haver extracção em Portugal

 

A refinaria de lítio da Galp e Northvolt em Setúbal, com arranque previsto até final de 2025, terá sempre de recorrer à importação de matéria- -prima, mesmo que venha a haver extracção em Portugal, explicou a empresa.

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“Nós vamos importar a matéria-prima, o minério, e vamos importar do estrangeiro e, se for permitido [explorar lítio] em Portugal, vamos usar o português”, esclareceu o presidente executivo (CEO) da Galp, Andy Brown, num encontro com jornalistas, na sede da empresa, em Lisboa.

A Galp e a sueca Northvolt anunciaram, na semana passada, a escolha de Setúbal para a construção de uma refinaria de lítio, cujas operações deverão iniciar-se “até ao final de 2025”, com um investimento de cerca de 700 milhões de euros.

Andy Brown explicou quarta-feira que, mesmo que a exploração de lítio em Portugal avance, a refinaria terá sempre de recorrer à importação de matéria-prima para assegurar a capacidade de produção.

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Questionado sobre a escolha de Setúbal para a instalação da refinaria, e não a região norte, onde estão a maior parte das potenciais minas de lítio, o responsável da Galp garantiu que não se tratou de beneficiar uma região em detrimento de outra, mas sim da combinação de factores vantajosos, como “um óptimo porto” e a conexão à indústria do cimento ou do papel, que existe na localização escolhida.

“Fizemos uma análise muito detalhada e Setúbal foi o claro vencedor”, sublinhou Andy Brown. Num comunicado divulgado na semana passada, a Galp e a Northvolt apontaram que a fábrica de Setúbal será uma “das maiores e mais sustentáveis da Europa” e deverá ter capacidade para uma produção inicial entre 28 mil e 35 mil toneladas de hidróxido de lítio, um material fundamental para a indústria de fabrico de baterias ião-lítio.

Produção de ‘diesel’ em Sines afectada pela guerra 

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A produção de ‘diesel’ na refinaria da Galp em Sines pode ser afectada em Maio se não forem encontradas alternativas que garantam o fornecimento de gasóleo de vácuo, que a empresa comprava à Rússia.

“Ainda não assegurámos o abastecimento [de gasóleo de vácuo] para Maio e, se não o conseguirmos fazer, poderemos ter de reduzir um pouco a actividade na refinaria”, alertou Andy Brown, presidente executivo da Galp.

O gestor lembrou que a empresa deixou de importar matéria-prima da Rússia, após a invasão da Ucrânia, incluindo gasóleo de vácuo, que é refinado em ‘diesel’ em Sines, e que ainda não encontrou alternativa.

Andy Brown garantiu que não há razão para alarme, uma vez que as necessidades de combustível em Portugal estão asseguradas, mas admitiu que pode levar à diminuição temporária da produção da refinaria de Sines e das exportações. Lusa

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