Executivo do Seixal aceita transferência de competências na Educação mas reafirma verbas curtas

Executivo do Seixal aceita transferência de competências na Educação mas reafirma verbas curtas

Executivo do Seixal aceita transferência de competências na Educação mas reafirma verbas curtas

Foto de Luis Miguel Martins / Camara Municipal do Seixal

A Câmara insiste que o Governo deveria fazer acompanhar a descentralização com mais verbas. Faltam 5,5 milhões de euros

A Câmara do Seixal considera que a verba que vai receber pela Transferência de Competências e Recursos do Ministério da Educação é “claramente e insuficiente” para fazer frente aos novos encargos que vai ter de assumir com as escolas, isto para cumprir o que está definido pelo Decreto-Lei n.º 21/2019, de 30 de Janeiro.

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Apesar de ter aprovado na reunião de Câmara, da passada quarta-feira, a minuta relativa a este auto de descentralização, promovendo uma “definição clara dos objectos, dos indicadores de medida e da moldura financeira actualizada indispensável ao pleno exercício das competências previstas”, o executivo municipal continua a contestar o envelope financeiro disponibilizado pelo Governo nesta matéria, para os municípios e entidades intermunicipais.

“Já em 2019, o município do Seixal manifestou a sua discordância relativamente ao projecto de mapa que continha os elementos financeiros respeitantes à transferência de competências que se revelavam claramente insuficientes para o exercício das competências transferidas”, refere a autarquia em nota de Imprensa. Esclarece ainda que “fez uma recolha aprofundada de informação, junto dos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e ensino secundário, que tornou evidente a insuficiência de recursos financeiros previstos transferir”.

Segundo o presidente da Câmara do Seixal, Joaquim Santos, este levantamento “exaustivo”, reuniu informação que foi “transmitida ao Ministério da Educação”. No entanto, “o Instituto de Gestão Financeira da Educação reiterou, a 28 de Março, as verbas constantes do mapa de 2019”.

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Pelas contas do executivo CDU, as áreas transferidas, que incluem transporte e acção social escolar, mais salários, instalações, entre outras, deveriam implicar uma transferência financeira “superior a 17 milhões de euros”, mas o Ministério da Educação “está a transferir cerca de 11,6 milhões de euros”.

Ou seja: “Além da verba ser claramente insuficiente em cerca de 5,5 milhões de euros, o que pode colocar em causa a saúde financeira do município, existem erros na lista publicada de pessoal não docente que foi agora transferido para as autarquias que urgem rectificação”, alerta Joaquim Santos.

Acrescenta a autarquia no mesmo documento, onde cita o presidente da Câmara do Seixal, que “apesar das verbas insuficientes e das incongruências na lista de trabalhadores a transferir, desde 1 de Abril que o Governo transferiu, através de decreto, para as câmaras municipais as competências na área da educação, a proposta aprovada em reunião pública pela eleitos no Seixal “tem como objectivo clarificar e estabilizar o conjunto de competências a transferir”.

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