Choro o uivo funesto dos armamentos
a metralha, os rebentamentos
as terras assoladas em vendavais de explosƵes
o pavor das populaƧƵes
e o terror espelhado no olhar das mĆ£es.
Choro a chacina premeditada ā qual engano!
a barbƔrie que leva tudo a eito
a ausĆŖncia de compaixĆ£o e de respeito
o desprezo animalesco pĀ“lo ser humano.
Choro os velhos, as mulheres e os petizes assassinados
nos ataques cobardes perpetrados.
Choro as povoaƧƵes arrasadas
as valas comuns e os feridos da procela
as famĆlias sem um teto, uma porta, uma janela
as vidas, tantas vidas destroƧadas.
Choro de novos e de idosos os lamentos
os martĆrios e as mĆ”goas dĀ“uma naĆ§Ć£o
um povo massacrado por mil tormentos
a humanidade violentada pela traiĆ§Ć£o.
E maldigo-te, Ć³ desvairado senhor da guerra
cĆnica criatura narcisista
malvada besta-fera
histriĆ£o nazi-fascista.
Maldigo-te, Ćcaro enloucado de ambiĆ§Ć£o
corrupto aƧambarcador de supƩrfluas abastanƧas
verdugo do prĆ³prio povo sem perdĆ£o
infame e cruento matador de velhos, de mulheres e de crianƧas.