Marques Mendes transmite confiança a empresários da Península de Setúbal

Marques Mendes transmite confiança a empresários da Península de Setúbal

Marques Mendes transmite confiança a empresários da Península de Setúbal

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Antigo governante está optimista quanto à conjuntura interna. Acredita que o governo vai fazer reformas e que a economia vai crescer

 

O antigo ministro do PSD Marques Mendes está “confiante sobre a conjuntura interna” e optimista quanto às condições e à possibilidade de o novo governo de António Costa, que toma posse esta semana, realizar várias das reformas de que o país precisa.

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Esta confiança foi passada aos empresários da Península de Setúbal, com um apelo a que ajudem à construção de um ciclo positivo através da aposta no investimento e nas exportações, durante um jantar promovido pela Associação da Indústria da Península de Setúbal (AISET), em Alcochete.

No final do encontro, que encerrou a assembleia geral anual da associação, o conhecido comentador deu esperança aos presentes com um optimismo que parte do pressuposto de que a guerra na Ucrânia dura alguns meses mas não anos e que assenta em três factores: boas condições para o governo fazer reformas, entrada de muito dinheiro em fundos comunitários e taxas de juro com subidas pequenas, que “fazem pouca diferença”.

As condições para reformar decorrem da estabilidade conferida pela maioria absoluta, por este ser um governo “mais ao centro” e “sem o travão” de PCP e BE, que classifica como “apêndices, entraves ao desenvolvimento do país”.

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Os fundos comunitários, pelas contas do ex-ministro, vão mais do que duplicar a partir de agora, com Portugal a receber um total de 60 mil milhões de euros até 2030. “Os 3,5 mil milhões de euros por ano vão passar a 8 mil milhões por ano”, afirmou.

Avisa, no entanto, que não vai haver uma nova ‘bazuca’ só para as empresas, apesar da guerra. O que a União Europeia irá criar é uma nova ‘bazuca’ para as áreas da defesa, ciber-segurança, energia e regiões.

O comentador assegura, no entanto, que o novo governo vai estar “mais actuante e mais próximo das empresas” e que “vai tomar, nas próximas duas semanas, medidas para ajudar” as empresas que estão a ser mais penalizadas pelo aumento do custo da energia. São os casos, já conhecidos, na região, da Megasa e da Secil.

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Sobre a política monetária, dissertou a pedido de Leonor Freitas, empresária da adega Ermelinda Freitas, assegurando que não antevê problemas provocados pela subida dos juros. Considera que as taxas estão muito baixas e vão subir apenas “muito gradualmente”.

Uma das reformas que Marques Mendes defende é a do sistema fiscal, com redução da carga e, sobretudo, incentivos a que as empresas reinvistam os lucros. Outra, a que chama a “reforma das reformas” é a da ligação da academia – universidades, politécnicos e laboratórios públicos – às empresas.

Para um futuro de crescimento são essenciais duas “linhas de orientação”; contas públicas certas e aposta nas exportações.

Para esta última condição, o antigo governante defendeu o papel das empresas, como único meio de geração de riqueza e criação de emprego, e apelou ao empenho dos empresários da região de Setúbal.

“Na área do vinho, na área dos aviões, e em todas as outras que os meus amigos representam, o vosso papel não é essencial; é insubstituível”, atirou Marques Mendes destacando Leonor Freitas e Armando Gomes, da Lauak, mas dirigindo-se a todos os empresários presentes.

Sobre a criação de uma NUTSII para a Península de Setúbal, declarou-se “totalmente de acordo com a revisão que está em curso”, dizendo que acha “justo e necessário”.

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