27 Junho 2024, Quinta-feira

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Marcelo Rebelo de Sousa visita Casa das Imagens para homenagear Lauro António

Marcelo Rebelo de Sousa visita Casa das Imagens para homenagear Lauro António

Marcelo Rebelo de Sousa visita Casa das Imagens para homenagear Lauro António

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O Presidente da República mostrou-se surpreendido com a dimensão do espólio. A área dedicada à obra “Manhã Submersa” despertou atenção

 

Marcelo Rebelo de Sousa ficou este sábado a conhecer a Casa das Imagens Lauro António – Biblioteca, Mediateca e Arquivo, revelou a Câmara Municipal de Setúbal. O Presidente da República visitou o equipamento municipal “para homenagear o cineasta e crítico cinematográfico”, que faleceu no passado dia 3 de Fevereiro aos 79 anos, fez saber a autarquia.

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De acordo com o município, o chefe de Estado foi recebido pelo presidente da autarquia e vereadores e terá gostado do que viu.

“Isto está muito bem organizado. São anos e anos de recolha. Decididamente, Lauro António era um pedagogo”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, citado na nota do município. O Presidente da República observava a zona da biblioteca “com mais de 10 mil obras literárias” no piso térreo do equipamento.

É “uma homenagem muito justa, feita em tempo, a Lauro António, um homem que durante toda a vida procurou transmitir aos outros tudo aquilo que podia recolher, aprender, aprofundar e estudar a história do cinema”, considerou.

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André Martins realçou a importância da presença do Presidente da República na Casa das Imagens Lauro António. “Esta visita é também uma forma de promover esta riqueza e este património que foi legado pelo autor a Setúbal e que nós estamos, naturalmente, muito empenhados em preservar e a divulgar esta obra de um homem que se dedicou ao cinema e ao audiovisual, ou seja, à cultura.”

A visita teve como cicerone o filho de Lauro António, Frederico Corado, que revelou, segundo a autarquia, “aspectos mais pessoais do acervo” composto “por cerca de 50 mil peças”.

Marcelo dispensou particular atenção à “área dedicada à longa-metragem ‘Manhã Submersa’, realizada por Lauro António e estreada no Festival de Cannes de 1980”, faz notar o município

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“É uma Olivetti?”, questionou o chefe de Estado. Marcelo apontava “para a máquina de escrever usada por Lauro António para dactilografar ‘Manhã Submersa’”.

À medida que ia vendo o espólio, Presidente da República deixava escapar algumas das suas recordações. “O Estúdio Apolo 70! Lembro-me de lá ir com o meu filho”, soltou, sem deixar de percorrer cartazes e programas expostos no segundo piso.

Na zona de mediateca, que apresenta uma colecção de filmes com 1500 cassetes VHS e 10 mil DVD e Blu-Ray, além de CD, discos em vinil, cassetes-áudio, cartazes, fotografias e material publicitário de filmes, surgiu novo elogio. “É de uma imaginação tremenda”, afirmou Marcelo.

Mas há mais, conforme adiantou Frederico Corado. “E o material que ainda está lá para casa. Seguramente, mais do dobro dos DVD. Vamos ver se ainda vamos conseguir espaço”, disse.

“A vida dele [Lauro António] foi muito rica. Era um conversador e, pelos vistos, um coleccionador. Também herdou essa faceta do seu pai?”, perguntou Marcelo, com o filho do cineasta a retorquir: “É uma paixão que motiva um drama familiar.”

O Presidente da República assistiu ainda ao filme “A Grande Ilusão”, de 1937, de Jean Renoir, na companhia da viúva de Lauro António, Maria Eduarda dos Reis Colares.

Depois do filme, Marcelo assinou o livro de honra da Casa das Imagens Lauro António e foi presenteado com o filme “Manhã Submersa” e o livro “Alguns Momentos-Chave do Filme Negro Norte-Americano”, assim como um quadro com uma pintura a retratar a cidade e a baía setubalense.

A Casa das Imagens Lauro António “tem por missão a recolha, protecção, preservação, divulgação e dinamização do património audiovisual, promovendo a construção do conhecimento e, em simultâneo, afirma-se como espaço de fruição do cinema e do audiovisual, nas suas múltiplas vertentes”, salienta a autarquia.

“Lauro António desenvolvia há quase uma década intensa colaboração cultural com Setúbal, com destaque para mais de quatro centenas de masterclasses no Fórum Luísa Todi para partilhar a história do cinema, incluindo a mais recente, intitulada ‘Filmes que Eu Amo’, com uma selecção muito pessoal”, lembra i município, a concluir.

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