26 Junho 2024, Quarta-feira

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Sines garantiu totalidade do abastecimento de gás natural ao país em Fevereiro

Sines garantiu totalidade do abastecimento de gás natural ao país em Fevereiro

Sines garantiu totalidade do abastecimento de gás natural ao país em Fevereiro

Terminal alentejano conseguiu ainda destinar 10% à exportação para Espanha

 

O Terminal de Sines assegurou a totalidade do abastecimento de gás natural em Portugal durante o mês de Fevereiro, tendo-se ainda registado exportações, através da interligação com Espanha, equivalentes a 10% do consumo nacional, informou a REN esta quinta-feira.

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Segundo dados da REN – Redes Energéticas Nacionais, o mercado de gás natural registou em Fevereiro um crescimento homólogo de 21%, impulsionado pelo segmento de produção de energia eléctrica, que aumentou quase 400% “devido à reduzida disponibilidade de energia renovável, ao contrário do que tinha acontecido no período homólogo anterior”.

No segmento convencional, que abrange os restantes consumidores, registou-se, tal como vem acontecendo nos últimos meses, “uma forte contracção homóloga” de 23%, acrescenta a REN em comunicado.

No acumulado dos primeiros dois meses do ano, o consumo anual de gás natural registou uma variação de 5,7%, com um crescimento de 123% no segmento de produção de energia eléctrica e uma contracção de 26% no segmento convencional.

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Quanto ao consumo de energia eléctrica, apresentou em Fevereiro um crescimento homólogo de 3,1%, que se reduz para 1,6% com correcção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis. A evolução anual registou uma variação negativa de 2,3% ou de menos 0,1% com correcção da temperatura e dias úteis.

De acordo com a REN, em Fevereiro “acentuaram-se as condições meteorológicas particularmente negativas para as energias renováveis”.

Assim, o índice de produtibilidade hidroeléctrica ficou reduzido a 0,14 (média histórica igual a 1) e o de produtibilidade eólica a 0,71 (média histórica igual a 1), com as condições verificadas a favorecerem apenas a produção fotovoltaica, com um índice de 1,13 (média histórica igual a 1), mas com “uma expressão ainda muito inferior às outras tecnologias”.

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Em Fevereiro, a produção fotovoltaica atingiu, pela primeira vez, potências superiores a 1.000 MW (Megawatts).

A produção renovável, por seu turno, abasteceu apenas 37% do consumo, enquanto a não renovável assegurou 30% e os restantes 33% foram abastecidos com recurso a energia importada.

Relativamente à importação, registou “a percentagem mais elevada desde Agosto de 1985”, nota a REN.

No acumulado de Janeiro e Fevereiro, o índice de produtibilidade hidroeléctrica situou-se em 0,25 (média histórica igual a 1), o de produtibilidade eólica em 0,83 (média histórica igual a 1) e o de produtibilidade solar em 1,25 (média histórica igual a 1).

Nestes dois meses, a produção renovável abasteceu 45% do consumo, repartida pela eólica com 25%, hidroeléctrica com 11%, biomassa com 6% e fotovoltaica com 3,6%.

A produção a gás natural abasteceu 31% do consumo, tendo os restantes 24% correspondido ao saldo importador.

Estes dados surgem um dia depois de o Fórum para a Competitividade defender que Portugal pode contribuir para a redução da dependência da Rússia, através da entrada de gás por Sines e com a produção de energia renovável para exportação.

 

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