29 Junho 2024, Sábado

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Estudantes da Lima de Freitas foram à descoberta de fósseis entre o Parque e a Praia de Albarquel

Estudantes da Lima de Freitas foram à descoberta de fósseis entre o Parque e a Praia de Albarquel

Estudantes da Lima de Freitas foram à descoberta de fósseis entre o Parque e a Praia de Albarquel

Alunos ficaram “fascinados com a beleza natural da zona”. No passeio encontraram ouriços-do-mar fossilizados

 

O Agrupamento de Escolas Lima de Freitas proporcionou aos estudantes do 7.º ano das turmas D, E e F a oportunidade de irem à descoberta de fósseis no Parque Urbano de Albarquel (PUA), acompanhados dos professores Dulce Correia, Hugo Patrício, Luís Fonseca e Maria Teresa Ribeiro.

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Na visita de estudo, realizada enquanto a maré se encontrava baixa, os alunos atravessaram a pé o troço compreendido entre o PUA e a Praia de Albarquel, tendo ficado “fascinados com a beleza natural de toda a zona envolvente”, revelou o agrupamento de escolas. No passeio, encontraram ouriços-do-mar fossilizados.

Os animais, que sofrerem deformações no processo de fossilizar, acabaram por ficar achatados “devido à sobreposição dos estratos que exerceram peso sobre si”. Além disso, no local por onde os estudantes caminharam, foi igualmente possível “observar-se a sua estratificação em três estratos bem distintos”.

O estrato de baixo “é, supostamente, o mais antigo e de cor escura, que se deve à presença de algas, cracas e outros organismos marinhos”. Já “o estrato intermédio evidenciava a presença de muitos calhaus rolados de vários tamanhos, o que demonstra um grande hidrodinamismo [acção das ondas ou movimento de massas de água], podendo-se também observar conchas e corais fossilizados”.

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No que diz respeito ao “estrato superior, o mais actual”, os alunos verificaram que o mesmo “contém arenitos de granulometria fina, com a presença de vegetação”.

Durante o passeio, os estudantes conseguiram ainda observar, “ao longo da faixa arenosa, vários fragmentos de falésia, que foram caindo ao longo dos sucessivos anos”. Nestes pedaços “encontravam-se mexilhões, caranguejos, anémonas, lapas, algas, conchas de ostras e muitas outras espécies”.

Verificaram igualmente a “existência de algumas derrocadas naquela zona, que mostravam um grande conteúdo fossilífero nas rochas caídas”. Também o pontão da Praia de Albarquel, formado por brecha da Arrábida, cuja exploração foi muito frequente em tempos, foi visitado pelas turmas.

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Actualmente, a exploração da típica rocha setubalense, caracterizada por ser um conglomerado calcário cuja granulometria é variada, está proibida, excepto para a construção de placas comemorativas.

Toda a zona envolvente da Serra da Arrábida referida, nomeadamente a Serra de S. Luís, Gaiteiros, Louro, entre outras, formou-se há vinte milhões de anos, no período Miocénico.

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